O ex-vereador Gabriel Monteiro foi solto na noite dessa sexta-feira (21) após uma decisão favorável do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele estava preso desde novembro de 2022 por envolvimento em vários crimes de violação sexual. A decisão de sua liberação foi confirmada pela Justiça, com a imposição de medidas cautelares, como por exemplo, o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica.
Ao deixar o Presídio Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, Gabriel Monteiro foi abraçado pelo pai, o deputado federal Roberto Monteiro (PL), e pela irmã, a deputada estadual Giselle Monteiro (PL). Durante a saída, um grupo de populares celebrou sua liberação, gritando palavras como “liberdade”.
“Acredito que Deus está fazendo Justiça por mim”, afirmou o ex-policial militar.
A decisão da Justiça determinou que Monteiro deverá cumprir medidas rigorosas. Ele terá de usar tornozeleira eletrônica, não poderá deixar o Rio de Janeiro e deverá comparecer periodicamente ao juízo. Além disso, foi proibido manter contato com algumas pessoas. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) confirmou que o alvará de soltura foi recebido no final da tarde de sexta-feira, e os procedimentos necessários foram seguidos para que ele deixasse a prisão. Gabriel tem agora cinco dias para se apresentar para a colocação da tornozeleira.
Relembre o caso
Gabriel Monteiro foi preso em novembro de 2022 e perdeu seu mandato como vereador da Câmara do Rio três meses antes, após ter seu mandato cassado. A cassação ocorreu em razão de acusações graves, incluindo encenação com um menor de idade em um shopping, agressão a um morador de rua e a gravação de uma relação sexual com um menor de idade, que teve as imagens vazadas na internet.
Além disso, o ex-vereador é acusado de crimes como violação sexual mediante fraude, assédio sexual e tentativa de filmar uma relação sexual forçada com uma mulher, que, segundo a denúncia, contraiu HPV após o ocorrido. O Ministério Público do Rio ofereceu uma denúncia em outubro de 2022, que gerou o decreto de prisão preventiva de Monteiro.
O processo continua em segredo de justiça, e até o momento a defesa do ex-vereador não se pronunciou publicamente. O caso ainda segue em andamento no sistema judiciário.