Em balanço feito ao GPS Entrevista, Dionyzio Klavdianos, ex-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no DF (Sinduscon-DF), disse que cumpriu sua missão após quatro anos à frente da entidade. Enfrentando a pandemia da Covid-19 e muitas outras dificuldades encaradas pelo segmento neste período, ele avalia que cumpriu sua missão.
“À despeito das dificuldades que encontramos, algumas inimagináveis, como a Covid, o Sinduscon hoje está com uma representativade e uma estabilidade econômica e financeira melhor que há quatro anos”, avaliou.
Com pouco mais de um ano de sua gestão, Dionyzio teve de encarar os desafios da pandemia, justamente na hora em que o setor começava a se recuperar, após anos de queda.
“Lutamos muito para que o setor não fosse fechado, no meio daquela situação de fim de mundo que ficamos. Além da questão econômica, a construção civil tem uma responsabilidade social: o grosso da população de baixa renda trabalha nos canteiros. Isso significaria um fortíssimo impacto, se demissões ocorressem. E para que isso não acontecesse, o governador Ibaneis Rocha mostrou muita sensibilidade”, destacou, lembrando que obras públicas e canteiros abertos foram importantes para a cidade.
Assista à entrevista na íntegra:
Graças a decisão de permitir que a construção civil continuasse operando, parte da economia pode girar. E o setor experimentou um crescimento inesperado. “A repaginação dos lares, por conta do home office, foi uma tendência que surgiu nesta época e ficou perpetuada. Vários segmentos da economia optaram por isso definitivamente”, observou. “Não há mais como abrir mão do espaço para escritório em casa”, acrescentou.
Dionyzio Klavdianos analisou as mudanças estruturais que o segmento imobiliário demandou após a pandemia, principalmente pela exigência dos consumidores. “O desafio do empresário aumentou demais. E vem muito mais coisa aí. Prédios entregues há poucos anos estão defasados em termos de carros elétricos, por exemplo”, avaliou. “Por isso, é muito importante o projeto e o consultor desta área”, completou.
O ex-presidente do Sinduscon-DF também analisou o atraso nas obras públicas, que muitas vezes demoram anos para sair do papel. “Quando finalmente tivemos um governo que paga as obras em dia, ainda existem entraves que as param. O Túnel de Taguatinga é um caro raro e extraordinário. É uma obra que começou e terminou quase que no mesmo governo”, afirmou, elogiando a manutenção das equipes pelo governador Ibaneis Rocha.
“O ganho de uma obra pública para a população é imenso. Meia hora a mais na ida, meia hora a mais na volta é uma hora a mais com a família. Dá-se muito pouco valor a estas questões intangíveis. A gente olha como se fosse natural acordar às 4h, para chegar no trabalho às 7h, deixar o expediente às 17h e chegar em casa às 20h. Que hora essa pessoa tem para ela? E a gente acha isso natural”, analisou.