O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, (PRF), Silvinei Vasques, afirmou, nesta terça-feira (20), que a relação dele com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se restringe ao “profissional”. O depoente está no Senado Federal desde o período da manhã.
Vasques prestou depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Antidemocráticos que investiga o dia 8 de janeiro. Ele está sendo investigado por improbidade por apoio ao ex-presidente.
“Eu nunca fui numa festa do presidente Jair Bolsonaro, nunca fui padrinho, nunca votei nele, até porque meu título é de outro município. O que temos é relação profissional. Ah, mas por que você tem foto com o presidente? A relação com ele era muito profissional, ele saía para ver como estava o serviço público”, justificou.
Vasques também declarou que as acusações sobre a PRF de ter feito bloqueios estratégicos na região do Nordeste no dia das eleições é “fantasiosa”. Apesar de as informações da Polícia Federal divergirem das falas do ex-diretor, ele insistiu que a entidade não direcionou equipes de fiscalização específicas para a região.
O ex-diretor fez um comparativo da fiscalização do dia 30 de outubro com as que ocorrem durante o período de carnaval e de férias escolares. Vasques complementou argumentando que a quantidade de equipes de fiscalização presentes nas últimas eleições segue um padrão estabelecido pela PRF para datas de maior movimentação nas rodovias.
“A quantidade de policiais que a gente colocou de reforço no primeiro e no segundo turno é o que a gente sempre colocou na história da PRF, não há qualquer tipo de alteração. Nós consideramos a operação um sucesso, tendo em vista que não há registro de eleitores que deixaram de votar”, destacou o ex-diretor.