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A coprofagia, ou o ato de ingerir fezes, é um comportamento que pode gerar grande preocupação entre tutores de cães e gatos. Essa prática pode indicar problemas de saúde e facilitar a entrada de parasitas no organismo do animal, aumentando a exposição a doenças como giardíase e verminoses.
Segundo Bruno Alvarenga, professor de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília (CEUB), a coprofagia não deve ser encarada apenas como uma mania, pois também pode representar um distúrbio comportamental ou resultar de problemas fisiológicos, como distúrbios gastrointestinais que afetam a absorção de nutrientes. Os pets com dietas inadequadas podem recorrer à ingestão de fezes como uma tentativa de suprir deficiências nutricionais.
Além disso, a polifagia (apetite excessivo) ou dietas restritivas para perda de peso também podem levar à coprofagia. Problemas no fígado do pet que causam má absorção nutricional são outra possível causa do problema.
A coprofagia pode estar relacionada a deficiências nutricionais, competição com outros animais, imitação de comportamento, estresse e falta de ocupação.
“Cães que vivem em apartamentos e não têm atividades suficientes ao longo do dia podem acabar ingerindo fezes por tédio. Enriquecer o ambiente e proporcionar atividades pode ajudar a evitar esse comportamento”, afirma Alvarenga.
Existem situações em que a coprofagia é considerada normal, como em casos de fêmeas de cães e gatos que ingerem fezes após o parto para higienizar seus filhotes. “Elas precisam higienizar seus filhotes, e ao lambê-los, acabam ingerindo fezes e urina. Esse comportamento é natural e ajuda a manter o ninho limpo e a estimular os filhotes a urinar e evacuar”, explica o professor.
Uma pesquisa publicada no “Veterinary Medicine and Science” por Benjamin e Lynette Hart, da Universidade da Califórnia, indica que raças como Hounds e Terriers são mais propensas à coprofagia. Em contrapartida, os Poodles são menos propensos a apresentar esse comportamento.
A prevenção da coprofagia começa com a avaliação e o ajuste da dieta do animal. Bruno Alvarenga recomenda que a nutrição do pet seja adequada, podendo incluir aumento na oferta de alimentos ou a introdução de uma dieta balanceada. Exames para verificar a presença de doenças que causam desnutrição ou deficiência nutricional também são fundamentais. Atividades físicas ajudam a controlar a ansiedade e a reduzir a coprofagia.
“Para pets que já apresentam o comportamento, o uso de produtos que deixam as fezes com gosto desagradável pode ser eficaz. Isso ajuda a condicionar o animal a não ingerir mais as fezes. O acompanhamento veterinário é essencial para prescrição de medicações e realização de exames. Sempre que observada, a recomendação é buscar tratamento veterinário. É importante identificar se é um hábito corriqueiro ou algo pontual e agir de acordo”, recomenda Alvarenga.
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