Artista que bateu o próprio recorde em três dias, a estadunidense Simone Leigh teve uma de suas obras arrematadas em USD 3,1 milhões em maio. A responsável pela venda foi a Sotheby’s, uma casa britânica de leilões, com sede em Nova York. “Las Meninas II” (2019) (foto de capa) foi a arte em questão, que traz a feminilidade negra em perspectiva elevando tradição, soberania e reinvenção de histórias difíceis, mas cativante do histórico da diáspora africana.
O segundo maior lance entre os destaques de maio também foi para Simone Leigh, com a escultura de bronze “Stick” (2019). A peça recebeu USD 2,7 milhões no evento organizado pela casa Christie’s, uma das maiores de Nova York. A obra segue a mesma lógica de “Las Meninas II” (2019), uma narrativa que ressalta a herança africana nas inspirações da artista.
Em seguida, Nicole Eisenman brilha com “Night Studio” (2009), vendida por USD 2,4 milhões. A obra surpreendeu já que foi arrematada 143% acima da média estimada. Vendida também pela Sotheby’s, a pintura retrata duas mulheres em um momento de intimidade, o que torna mais interessante é que os livros retratados são de inspirações para a artista: Picasso, Bruegel, Vuillard, Goya, Max Ernst, Peter Doig e Henri Matisse.
Por USD 32,8 milhões, um dos valores mais altos de toda a temporada de maio, “Spider” (1996), de Louise Bourgeois, foi arrematada na Sotheby’s Contemporary Evening Auction — umas das responsáveis pelos maiores valores, inclusive. A obra já passou décadas pelo Brasil, no Museu de Arte Moderna de São Paulo.
A escultura é, agora, a obra mais valiosa da artista e, assim como a da Simone, superou o marco de Louise, que era de USD 32,1 milhões com outra obra de arte semelhante.