Redação GPS **Arquitetura brasiliense** é sinônimo de **patrimônio**. **Lúcio Costa**, o responsável pelas formas de cidade, baseou-se nos conceitos e projetos **modernos** para a criação da capital do País. De 1957 — ano em que foi assinado o documento que autorizava a execução do plano — até os dias atuais, a arquitetura do Planalto Central é **referência**.
Como consequência da excelência, **escritórios** nascidos em Brasília se destacam internacionalmente. Uma prova disso é [O Bloco Arquitetos](https://www.instagram.com/bloco_arq/?igshid=YmMyMTA2M2Y%3D), que acaba de ficar em terceiro lugar entre as 25 **melhores empresas do Brasil** na premiação realizada pela _Architizer_, site que tem uma curadoria superexigente com foco em projetos de todo o mundo e que produz listas com os melhores escritórios de cada nação.
>”A escolha foi feita com base na produção de cada escritório, de forma mais ampla: números de prêmios recebidos e qualidade dos projetos publicados. Isso nos deixa muito contentes. É um reconhecimento internacional relevante para mostrar que arquitetura de alta qualidade está sendo produzida em Brasília”, comenta Daniel Mangabeira, sócio do Bloco.
**Brasília nas cabeças**
A **estruturação** produzida entre os anos 60 e 80 é uma fonte de **inspiração** constante e infindável para o terceiro colocado no _ranking_ da _Architizer_. A arquitetura do **cotidiano**, aquela que não está apenas no eixo monumental, mas no eixo rodoviário, produzida no auge do **modernismo brasileiro** e esquecida por boa parte dos brasilienses, é uma aula de boa arquitetura.
>”Brasília vive o momento agora em que escritórios jovens estão produzindo muito boa arquitetura, a partir de inspirações nas décadas de 60 e 70, mas adaptando a produção às novas demandas da vida contemporânea. Vemos nosso trabalho como parte dessa continuidade, com os pés fincados no modernismo brasileiro, mas com olhos para o futuro”, afirma Mangabeira.
**Caminhar** ou **pedalar** pelas quadras residenciais escancara o que Lucio Costa falou sobre a capital: que não seria uma **cidade moderna** qualquer, mas um **monumento** que representasse sua **relevância** e ordenasse a sociedade de uma maneira eficiente e bela. _”Procuramos aprender com a cidade e traduzir suas qualidades em nossos projetos por meio de uma arquitetura adequada para o local, respeitosa com o cliente e com o nosso legado histórico”_, explica o profissional.
**Sobre o BLOCO Arquitetos**
A **parceria** entre os sócios **Daniel Mangabeira, Henrique Coutinho e Matheus Seco** começou há cerca de 24 anos. Os três ex-alunos da **UnB** vêm fazendo ao longo décadas 90% dos trabalhos em Brasília, mas também atuam em São Paulo, Rio de Janeiro, Trancoso e Mato Grosso do Sul. Ao mesmo tempo, o escritório conquistou **reconhecimento internacional**, já que estão atuando em um projeto em **Nova Jersey**. _”Estamos aplicando o campo de atuação”_, afirma Mangabeira.
Durante seu trabalho frente ao _Conselho de Arquitetura e Urbanismo do DF_ (CAU), Daniel foi responsável, ao lado de Pedro Grilo, por instituir o **Selo CAU DF**, projeto que ajuda, há cerca de quatro anos, a **reconhecer** e **premiar** **edifícios** de Brasília mais bem **preservados**. _”É muito bom saber que as pessoas reconhecem os edifícios modernos bem preservados como sendo de boa qualidade”_, comenta.
Quanto ao **perfil dos clientes**, os sócios imaginam que eles busquem uma arquitetura que seja **autêntica**, que tenha a cara da cidade, mas, ao mesmo tempo, seja **contemporânea** e **global**. _”Trabalhamos com a luz e com os materiais de maneira que a casa seja confortável, elegante e acolhedora mesmo com poucos móveis e objetos. Não somos minimalistas, acreditamos que tudo tem uma razão de ser, portanto, não enfeitamos”_, conclui Daniel.
