_“Damos voltas e voltas, mas, na realidade, só há duas coisas: ou você escolhe a vida, ou se afasta dela”_. A citação que inicia esse texto é do escritor português **José Saramago**. É uma condição humana a **liberdade** que cada um de nós tem de _escolher o que fazer_. Ao refletirmos sobre escolhas, precisamos levar em consideração o que foi decidido sem a nossa participação e o que é escolhido com a nossa intervenção. Nessa perspectiva, entende-se que existem dois momentos cruciais que marcam nossa consciência.
**O primeiro momento** é aquele em que decidiram por nós devido a nossa _inconsciência_ de decisão. Quando nascemos, onde nascemos, em que condições fomos formados, nossas **heranças familiares**, culturais, religiosas, políticas e econômicas. Acredita-se que sem a consciência do sujeito concreto, não conseguimos intervir nessas escolhas. Mas, _nascemos e fomos formados_ em múltiplas condições.
**O segundo momento** é marcado pelo **despertar** da consciência que nos convida a escolher o que faremos com as bagagens que herdamos. _Daí, a história é com a gente_. Cabe a cada um decidir quais respostas dar para os seguintes questionamentos: Como seguiremos, quais valores cultivaremos? Quais caminhos trilharemos, onde vamos superar nossos antepassados? Em qual direção nossa vida encontrará o seu **propósito** e como não repetiremos os equívocos que recebemos?
As escolhas são _nossas_, as consequências são _diversas_. Cada decisão que tomamos no que diz respeito a nossa própria vida, nos afeta e, ao mesmo tempo, afeta numa proporção imensurável aqueles que vem depois de nós. _Toda escolha é uma apropriação de si mesmo_. Assim, vamos desenhando nossas vidas, modelando o caminho, sem a inércia total de apenas seguir os passos daqueles que vieram antes de nós. As escolhas são nossas, **não há quem culpar**.
**_Boa semana!_**