A prisão do alto comando da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) gerou controvérsias, nesta sexta-feira, 18), e críticas por parte do deputado federal Alberto Fraga (PL-DF), coronel da reserva da PMDF. As prisões dos coronéis foram efetuadas como parte da Operação Incúria, levando a questionamentos sobre a justificativa e a solidez das acusações.
O deputado Alberto Fraga, conhecido por sua ligação com a corporação e por seu posicionamento firme em questões relacionadas à segurança pública, manifestou seu descontentamento com as prisões: “Escandalizado”.
Segundo ele, ao analisar as 196 páginas do inquérito que embasaram os pedidos de prisão, não foi encontrada justificativa sólida para a detenção dos coronéis. Fraga destacou a ausência de provas convincentes e qualificou a peça que fundamentou as prisões como “frágil” e “desmoralizadora”.
Fraga apontou que o motivo das prisões estaria relacionado a mensagens de WhatsApp, compartilhadas entre os coronéis e outras pessoas, que o Ministério Público interpretou como parte de uma suposta conspiração. O deputado classificou essa interpretação como “absurda” e enfatizou que a corporação ficará sem comando efetivo diante das prisões, uma vez que cinco coronéis foram detidos. Ele expressou preocupações quanto ao impacto na hierarquia e na eficácia da PMDF.
“Eu sempre disse lá atrás que eles [o governo federal] não iriam assumir a culpa”, afirmou Fraga, sugerindo que os coronéis não teriam motivo para assumir a responsabilidade pelas acusações.
Veja o vídeo:
Motivo
O deputado ainda mencionou o coronel Fábio, que foi acusado de omissão, mas Fraga alegou que ele sofreu lesões sérias, indicando que a omissão não seria o motivo real. Fraga também destacou a prisão prolongada do coronel Mário Naime e afirmou que apenas o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, saberia o verdadeiro motivo por trás das prisões.
Em meio à polêmica, durante agenda pública, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, anunciou que o coronel Adão Teixeira de Macedo assumirá como novo comandante-geral da PMDF.
Adão Teixeira de Macedo já ocupava o cargo de subcomandante-geral da corporação e foi nomeado como parte dos esforços para manter a estabilidade e a qualidade da polícia local. O governador ressaltou a importância de que a transição ocorra de maneira tranquila e destacou a qualificação da PMDF.
O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, formalizará a nomeação do coronel Adão Teixeira de Macedo como comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal no Diário Oficial do DF.