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Erundina passa mal durante sessão da Câmara e é internada em UTI de Brasília

Decana, deputada de SP teve falta de ar durante discurso na Comissão de Direitos Humanos
Luiza Erundina | Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Luiza Erundina | Foto: Zeca Ribeiro | Câmara dos Deputados

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A deputada Luiza Erundina (PSol-SP) precisou ser internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, após passar mal durante a sessão, nesta quarta-feira (5), da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Segundo a assessoria dela, o quadro é considerado “estável” neste momento. 

Aos 89 anos, Erundina discursava sobre uma matéria da qual é relatora no colegiado quando começou a sentir falta de ar e foi prontamente atendida pela equipe médica da Casa. Erundina, que além de deputada também é ex-prefeita de São Paulo, é a parlamentar mais idosa da atual legislatura. 

A notícia da hospitalização da deputada gerou comoção entre os presentes no plenário, levando líderes de diferentes partidos a pedirem o encerramento imediato da sessão. O pedido foi aceito pela Mesa Diretora, que encerrou os trabalhos em solidariedade à parlamentar.

De acordo com relatos de colegas que estiveram com ela pela manhã, a deputada se encontrava bem antes do mal-estar repentino. A situação de saúde de Luiza Erundina segue sendo acompanhada de perto por sua equipe médica e por familiares.

Repercussão

Pouco mais cedo, a deputada federal Erika Hilton (PSol-SP) se solidarizou com Erundina, que é parlamentar há 25 anos. Segundo ela, a colega de partido passou mal após um “caos” causado, segundo Hilton, por “bolsonaristas” na Comissão de Direitos Humanos. Nas palavras de Erika, dois deputados de esquerda foram agredidos durante a reunião.

“Os mesmos bolsonaristas trouxeram para a Câmara um coach farsante, lhes deram um broche de Deputado, garantiram sua permanência em espaços exclusivos de parlamentares para que ele agredisse verbalmente as pessoas. Tudo isso ocorreu hoje. Em um dia marcado por uma escalada de violência nunca vista na Câmara, e enquanto líder do PSol, exijo PROVIDÊNCIAS do presidente Arthur Lira. A paz para trabalhar e o fim da violência cotidiana nessa Casa não é objeto de negociação, de toma-lá-dá-cá ou moeda de troca. É o básico que se espera de um Parlamento que tem o DEVER de trabalhar pelo povo brasileiro”, disse a parlamentar.