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O que torna o Circulo de Fogo o ponto vulcânico mais ativo do planeta

Região concentra cerca de 75% dos vulcões ativos do mundo

O terremoto de magnitude 8 que atingiu Kamchatka, na Rússia, nesta última terça-feira (29), ocorreu no Círculo de Fogo do Pacífico, área que concentra 90% dos tremores e 75% dos vulcões ativos do mundo. O motivo de existir tantos vulcões na região está ligado diretamente às placas tectônicas.  

O tremor aconteceu em uma área sísmica muito intensa no extremo norte do círculo de fogo. Ele começa pelo extremo sul da América do Sul e passa por regiões da Ásia, Oceania e Américas, incluindo países como Japão, Indonésia, Filipinas, Nova Zelândia, Chile, México e Estados Unidos. 

Como surgem os vulcões

A origem dos vulcões está intimamente relacionada à existência e à movimentação das placas tectônicas. A litosfera terrestre — camada mais externa da Terra — não é composta por uma única estrutura sólida e estática. Em vez disso, é formada por grandes blocos semirrígidos, as chamadas placas tectônicas, que se movimentam lentamente sobre o manto terrestre.

Essa movimentação ocorre devido às elevadas temperaturas no interior do planeta. O calor do núcleo terrestre gera correntes de convecção no manto, fazendo com que o calor seja transferido para as camadas superiores. Esse processo impulsiona o deslocamento das placas tectônicas, que podem se aproximar (movimento convergente) ou se afastar (movimento divergente) umas das outras.

No caso do movimento convergente, quando duas placas colidem, a placa mais densa tende a submergir e retornar ao manto, onde se funde. A outra placa, submetida à pressão oposta, sofre deformações na crosta, formando dobras. Nessas regiões, conhecidas como zonas de subducção, podem surgir ilhas vulcânicas. Por isso, os vulcões costumam estar localizados em áreas de contato entre placas tectônicas.

Um exemplo é a Placa do Pacífico, que se movimenta em direção à Placa Norte-Americana. Essa região, segundo a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), abriga cerca de 60% dos vulcões ativos do mundo e é conhecida como o Anel de Fogo do Pacífico. Outro caso é o choque entre a Placa de Nazca e a Placa Sul-Americana, responsável pela formação de cadeias de montanhas e vulcões na América do Sul. A Placa Africana também colide com a Placa Eurasiana, gerando atividade geológica significativa.

No entanto, não é apenas o encontro entre placas que gera vulcões. O afastamento entre elas também pode causar atividade vulcânica, especialmente no fundo dos oceanos. À medida que as placas se separam, o magma sobe e dá origem ao vulcanismo submarino, contribuindo para a expansão do assoalho oceânico.

Além disso, os vulcões não se formam exclusivamente nas bordas das placas. Eles também podem surgir em regiões internas, conhecidas como pontos quentes (hot spots, em inglês). Nessas áreas, o magma ascende por aberturas na crosta, independentemente da movimentação tectônica. Um exemplo clássico são os vulcões do arquipélago do Havaí, localizados no interior da Placa do Pacífico.

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