A avaliação neuropsicológica infantil é essencial para identificar possíveis alterações no neurodesenvolvimento das crianças de forma precoce. Especialista da área, Camila Ferrari destacou a importância de compreender as funções cognitivas, emocionais e comportamentais das crianças, levando em consideração o ambiente em que estão inseridas.
“É fundamental entender a rotina, a dinâmica familiar e todos os cenários de desenvolvimento para um diagnóstico preciso”, ressaltou.
Segundo ela, a avaliação é indicada em diversos casos, como crianças com fatores de risco conhecidos, lesão cerebral adquirida, desenvolvimento atípico e necessidade de orientação familiar.
Além disso, a avaliação neuropsicológica permite monitorar a recuperação cognitiva e orientar os familiares sobre a melhor forma de apoiar a criança ao longo do desenvolvimento.
Camila orienta que a avaliação do desenvolvimento é indicada para bebês menores de três anos, com a possibilidade de iniciar a avaliação neuropsicológica a partir dessa idade.
O objetivo é acompanhar o desenvolvimento da criança ao longo do tempo, identificando pontos fortes e áreas que precisam de melhorias. Para estabelecer próximos passos, a especialista destaca a importância de compreender os objetivos a serem alcançados e o tempo necessário para isso.
“Uma boa avaliação neuropsicológica deve ajudar a família a entender quais os pontos fortes e aqueles que precisam ser melhorados em seu filho, bem como nortear as intervenções que visam diminuir a lacuna de desenvolvimento evidenciada”, ponderou.
E quando essa avaliação é indicada? Camila Ferrari cita os principais:
- Criança com fator de risco conhecido para o desenvolvimento, como por exemplo, as prematuras e aquelas que têm histórico na família de alterações do desenvolvimento cujas mães tiveram intercorrências significativas na gestação.
- Crianças com lesão cerebral adquirida, ou seja, aquelas que tiveram traumatismo crânio encefálico, tumores cerebrais ou acidente vascular cerebral, por serem condições que têm alta possibilidade de trazerem danos cerebrais.
- Crianças que estão evoluindo com desenvolvimento diferente do esperado, para mais ou para menos, considerando os marcos da idade.
- Quando queremos comparar a criança com ela mesma, visando entender sua curva de aprendizagem e a presença de comorbidades.
- Estabelecer diagnóstico diferencial entre uma síndrome psicológica e uma síndrome neurológica.
- Monitorar a recuperação cognitiva ou evolução de uma desordem neurológica.
- Orientar os familiares sobre a melhor forma de ajudar a criança.