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Energia solar em Brasília: um panorama de crescimento que alcança novos centros

Recentemente a Comunidade das Nações adquiriu uma operação que pode economizar R$500 mil por ano
Energia solar em Brasília um panorama de crescimento que alcança novos centros
Foto: reprodução/Unsplash

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Apesar de os dados mais recentes sobre energia solar no Distrito Federal serem de 2022, algumas movimentações mostram que o mercado continua agitado e em pleno desenvolvimento. A produção fotovoltaica da Capital chega a novos centros e alcança números consideráveis de economia e sustentabilidade.

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de 2021 para 2022, o crescimento no número de unidades de energia solar foi de 128%. E os principais fatores para os consumidores investirem na tecnologia foram: a economia na conta de luz e a preocupação com o meio ambiente.

Um dos cases de sucesso, à época, foi a adesão do sistema no Hospital da Criança de Brasília (HCB). Lá, painéis fotovoltaicos foram instalados e a redução na conta de energia elétrica alcançou os 70%.

Ainda em 2022, entrou em vigor a Lei da Energia Solar, também conhecida como Marco Legal da Geração Distribuída. As novas regras definiram questões, como produção e taxação de eletricidade fotovoltaica nas próprias unidades consumidoras.

Atualmente, ainda por determinações da Lei n.º 14.300/22, há duas classificações para moradias e estabelecimentos que produzem energia solar: micro geradores (até 75 kW) e mini geradores (entre 75 kW e 10 MW) de energia renovável. Além disso, existe uma cobrança mínima nas contas de luz e possibilidades de abatimentos para optantes da Taxa Fio B, referente ao uso do fio das linhas de transmissão para unidades produtoras.

Na prática

Para quem quer iniciar no modelo, o engenheiro eletricista Silas Amorim explica que é preciso primeiro contratar uma empresa para realizar a instalação dos mecanismos, seja em uma residência ou em um estabelecimento. “O efeito fotovoltaico, que converte a luz solar em energia elétrica, é encaminhado para um inversor de frequência, que deixa a energia própria para o uso”, conta.

Essa energia gerada pode ser imediatamente utilizada ou revertida em créditos com a companhia elétrica. “Caso não haja consumo na hora, ela vai ser exportada para a rede, e isso irá gerar créditos que podem ser utilizados em um período em que não há geração”, comenta o engenheiro.

Tão importante quanto a aquisição e a instalação é a comunicação com a companhia elétrica, para que os benefícios comecem a ser disponibilizados. “Tudo é realizado via sistema, a empresa entrará com uma procuração junto ao cliente para fazer todo o processo em nome dele”, diz Silas.

O especialista também explica que há um processo de vistoria da concessionária, em que o medidor tradicional é trocado por um bidirecional, que vai faturar tanto o consumo quanto a geração de energia.

Novos centros

Um exemplo recente do crescimento da cultura da energia solar foi a iniciativa da Comunidade das Nações de Brasília, que implementou um sistema em suas sedes que vai economizar aproximadamente R$500 mil por ano.

A Comunidade das Nações é uma igreja que busca promover a fé em Jesus Cristo e o crescimento espiritual de seus membros. A instituição foi fundada com uma visão de acolhimento e diversidade, e tem a missão treinar e aperfeiçoar pessoas para o exercício de seu chamado, cumprindo o destino.

Juntamente com a Setec Solar, a igreja adquiriu mais de 17 toneladas em equipamentos para geração e distribuição de energia solar. Mais de 11 unidades da Comunidade das Nações serão beneficiadas com o novo projeto no DF.

Este é o primeiro case de uma instituição religiosa investindo de forma tão incisiva no mercado de energia elétrica na Capital. No total, são três usinas nas sedes da Hípica Hall, do Recanto das Emas e de Santa Maria.

Em números, a operação vai deixar de emitir mais de 72 toneladas de carbono, quantidade equivalente a 3 mil árvores. Ou seja, é a mesma produção que 95 casas populares geram, aproximadamente, 40 mil KWH por mês.

Confira como foi a reunião de entrega do projeto pelas lentes de Celso Junior:

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