A oitava edição do Dia da Pesquisa Italiana no Mundo (GRIM) foi celebrada, nesta sexta-feira (28), na Embaixada da Itália em Brasília, com a realização do Seminário Ítalo-Brasileiro sobre Políticas de Inteligência Artificial, promovido em parceria com o Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti). O evento contou com a presença dos secretários de ciência, tecnologia e inovação dos 27 estados brasileiros e do Distrito Federal, além de autoridades ministeriais, especialistas e representantes de empresas inovadoras, italianas e brasileiras.
O embaixador da Itália no Brasil, Alessandro Cortese, fez a fala de abertura, ladeado pelo presidente do Consecti, Sílvio Bulhões, o secretário de Ciência e Tecnologia para Transformação Digital do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Henrique Miguel, pelo secretário de Gestão da Informação, Inovação e Avaliação de Políticas Educacionais do Ministério da Educação, Evânio Antônio de Araújo Júnior, e pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal, Leonardo Reisman.
O embaixador destacou o papel essencial do Conselho no avanço tecnológico do Brasil e enfatizou os laços históricos e cada vez mais estreitos entre Brasil e Itália, especialmente no campo da inovação. Ele lembrou que o país europeu é referência no desenvolvimento de supercomputadores voltados à Inteligência Artificial — dois dos dez mais potentes do mundo estão localizados na Itália.
Em mensagem de vídeo gravada, veiculada na embaixada, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil (MCTI), Luciana Santos, reforçou o papel estratégico da reunião do Consecti para a formulação de políticas públicas científicas, fundamentais para a construção de um país mais inclusivo e desenvolvido.
O secretário de Ciência e Tecnologia para Transformação Digital do MCTI, Henrique Miguel, falou dos enormes desafios que o País enfrenta na implantação da inteligência artificial. “O desafio que ela traz para o Brasil é não ampliar a exclusão digital, é não ampliar a separação que inicialmente ocorre entre aqueles que têm mais poder aquisitivo e os que têm menos poder aquisitivo”, alertou. Henrique Miguel citou uma pesquisa divulgada este mês, pela Época Negócios, que buscou mapear quem está usando IA generativa no País.
O que nos assusta, senhoras e senhores, é a distância entre as classes sociais, porque 95% dos homens são da classe A e 60% das classes C2, B e M. O nível de escolaridade, 80% tem superior completo e 31% de ensino médio”, constatou.
A programação do evento realizado na Embaixada da Itália incluiu painéis temáticos com a participação de empresas italianas globais como IVECO, Almawave e TIM, que destacaram suas experiências com a aplicação da IA nos setores industrial, de serviços e de análise de dados.