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Em primeira coletiva de imprensa do ano, Lula defende Banco Central e critica fake news

O presidente também afirmou que 2025 será ano mais importante do terceiro mandato

Na manhã desta quinta-feira (30) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu uma coletiva de imprensa para tratar de diversos assuntos. Foi o primeiro encontro oficial do chefe de Estado com jornalistas no ano de 2025 e a primeira entrevista desde que o publicitário Sidônio Palmeira assumiu a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). Lula afirmou que 2025 será o ano de colher o que foi plantado nos primeiros anos de mandato.

“2025 é o ano mais importante desse meu mandato, porque quando assumimos o governo a gente tinha muita clareza da dificuldade que íamos encontrar. “Foi uma reconstrução das coisas do País para que ele voltasse a funcionar e voltasse a ser respeitado no mundo”, completou.

O presidente afirmou que fez uma reconstrução do País e, que hoje, o Brasil voltou a ter importância no cenário político nacional.

Ele também aproveitou para atacar a oposição  e se defender de ataques “não democráticos”. Ele afirmou que a democracia será a grande derrotada se permitirmos o crescimento da extrema-direita e fake news.

“Quem quiser derrotar a política do meu governo vai ter que aprender a fazer luta de rua, porque é mais fácil na internet, mentindo. Agora, é muito difícil ter coragem de ir à rua conversar com o povo e discutir com o povo as coisas que estão acontecendo no país. Esse é meu tipo de governar e fazer com que as coisas deem certo no Brasil”.

As declarações de Lula vieram após o episódio envolvendo uma suposta taxação do Pix, que afetou a imagem do Executivo, segundo a avaliação de aliados do governo. Uma pesquisa Genial/Quaest divulgada na última segunda-feira (27) mostrou queda de cinco pontos percentuais na aprovação do governo Lula em janeiro deste ano, atingindo 47%.

 

Mudanças climáticas

Quando entrou no assunto da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que vai ocorrer em Belém no mês de novembro, o presidente cobrou seriedade dos países que assumiram esse compromisso E disse que já não acredita na promessa dos países ricos de compensar financeiramente os países que conservam suas florestas, como forma de amenizar os efeitos negativos que vêm sendo percebidos por conta das mudanças climáticas.

“Temos de fazer uma luta muito grande na questão do clima. Se a gente não fizer uma coisa forte, essas COPs [conferências sobre mudanças climáticas] vão ficar desmoralizadas, porque medidas são aprovadas; fica tudo muito bonito no papel, mas depois nenhum país cumpre”, afirmou. 

Lula lembrou que o presidente dos EUA, Donald Trump anunciou a saída de seu país do Acordo de Paris, e que os Estados Unidos já não tinham cumprido o Acordo de Kyoto. 

“Os países se comprometeram a dar US$ 100 bilhões por ano para os países em desenvolvimento, e até hoje não deram. Agora a necessidade é de US$ 1,3 trilhão. Tenho certeza de que eles não vão dar. Os ambientalistas então baixaram para US$ 300 bilhões. E também não vão dar. É preciso que a gente faça uma discussão séria”, argumentou Lula.  

“Cavalo de pau em um mar revolto”

Um dos assuntos mais abordados na coletiva foi o aumento da taxa básica de juros anunciado na quarta-feira (29). Lula fez questão de defender o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmando que “já estava praticamente demarcada a necessidade da subida de juros pelo outro presidente e Galípolo fez aquilo que entendeu que deveria fazer”.

“Não tem como dar cavalo de pau em um mar revolto. Temos consciência de que é preciso ter paciência. Tenho 100% de confiança no trabalho do presidente do BC e tenho certeza de que ele vai criar as condições para entregar ao povo brasileiro uma taxa de juros menor, no tempo em que a política permitir que ele faça. Nós, como governo, temos de cumprir a nossa parte. A sociedade cumpre a parte dela. E o companheiro Galípolo cumpra a função que ele tem de coordenar a política monetária brasileira”, declarou Lula.

Lula disse destacou que o novo presidente do BC é “da maior competência do ponto de vista econômico” e que pediu para ele fazer o que for necessário fazer, mas que o povo e o Brasil espera que a taxa de juros seja, dentro do possível, controlada.

 

*Com informações da Agência Brasil e do Estadão Conteúdo

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