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Em dia de alta tensão, Hamas tenta invadir Israel após bombardeio em escola de Gaza

Um soldado israelense, três terroristas e 37 pessoas morreram nas hostilidades na região
O ataque à escola da UNWRA deixou 37 mortos
O ataque à escola da UNWRA deixou 37 mortos. Foto: Reprodução/X

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Terroristas do grupo terrorista Hamas tentaram invadir o sul de Israel através do posto de fronteira de Kerem Shalom, nesta quinta-feira (6), e entraram em confronto com as Forças de Defesa de Israel (FDI). Um soldado israelense e três terroristas do Hamas morreram. Um dos terroristas fugiu para a Faixa de Gaza

A tentativa de invasão ocorreu pouco antes do amanhecer. Soldados israelenses detectaram movimentos suspeitos perto da fronteira e iniciaram uma patrulha na área. O Exército israelense considera que a área que os terroristas entraram é uma zona tampão e proíbe que civis palestinos passem pelo local.

Os terroristas estavam armados com foguetes RPG e abriram fogo quando viram as tropas israelenses, segundo a mídia local. Dois foram mortos em um ataque de drone e um terceiro por um tanque israelense. O grupo terrorista Hamas assumiu a responsabilidade pelo ataque. As FDI apontaram que não houve violação do território israelense e que o episódio está sendo investigado. A morte do soldado Zeed Mazarib elevou para 290 o número de soldados mortos na guerra entre Israel e o grupo terrorista.

Bombardeio em escola
A tentativa de invasão ocorreu em meio a bombardeios israelenses no enclave palestino. Tel-Aviv afirmou ter sido responsável pelo ataque aéreo que atingiu uma escola da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) no campo de refugiados de Nuseirat, na Faixa de Gaza, nesta quinta-feira. Segundo as Forças Armadas israelenses, o local abrigava uma base do grupo terrorista Hamas.

O ataque resultou em pelo menos 37 mortes, entre eles 23 mulheres e crianças, conforme o Hospital de Gaza. O Exército israelense afirmou que “os caças realizaram um ataque preciso a uma base do Hamas localizada em uma escola da UNRWA” e que o local era usado como esconderijo para operações do Hamas e da Jihad Islâmica. “Antes do ataque, vários passos foram dados para reduzir o risco de ferir civis”, segundo as forças israelenses. A escola tinha a sigla UN, que identifica a ONU em inglês, inscrita no teto.

Guerra sem trégua
A guerra na região começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1.200 pessoas e sequestraram 250. Este foi o maior ataque terrorista da história de Israel e o maior contra judeus desde o Holocausto.

Após o ataque, Israel iniciou uma ofensiva na Faixa de Gaza com bombardeios aéreos e invasão terrestre. Segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas, cerca de 36 mil palestinos morreram desde o inicio da guerra. O ministério não diferencia civis de terroristas do Hamas. Nos dias subsequentes ao ataque do Hamas em outubro do ano passado, outros terroristas do grupo tentaram invadir o território israelense, mas não tiveram sucesso. (com Associated Press)