Em conversa com o GPS, Dani Reis fala sobre trajetória na corrida

A primeira vez em que Daniela Reis correu foi aos sete anos. Na época, a advogada e empresária dona da Sol e Vento participou da Marotinha, em Brasília. Quando completou oito anos, ficou na primeira colocação nessa mesma maratona. De lá pra cá, com o incentivo da família, Dani não parou mais de praticar o esporte.

“Em 2012, com 23 anos, corri a minha primeira meia maratona, incentivada pela minha tia”, compartilha Daniela.

No último domingo (8), a brasiliense participou de sua terceira maratona, a de Chicago. Apesar de ter quebrado seu recorde pessoal — 3:19:15 —, ela quase não participou da competição. 

“Três semanas antes da prova, eu comecei a sentir uma dor estranha atrás do joelho. Comecei a fazer fisioterapia, mas a dor não passava e começou a irradiar para a coxa. Procurei meu médico ortopedista, fizemos vários exames, mas o tempo estava muito curto. Só fui descobrir a reação por estresse no osso da coxa quando já estava em Chicago”, conta.

Apesar de o médico ter sentido confiança em liberá-la para participar da corrida, já sabiam que não seria a prova planejada, já que fez pouquíssimos treinos e ainda estava sentindo dor.

“Fui liberada a largar e orientada a sair da prova caso ficasse algo muito sacrificante para o corpo”. 

Ao começo da disputa, a dor já estava ali, mas bem controlada. Já no km 34, ela foi ficando mais forte e, ao chegar em km 37, apareceu com tudo, mas aí faltava muito pouco para acabar. 

Quando questionada sobre os maiores desafios que já enfrentou no esporte, Dani responde: “sem sombra de dúvidas, as lesões”.

“Você se prepara da melhor maneira possível na tentativa de prevenir, mas é algo que foge do nosso controle. Sempre falo que o ciclo da maratona, assim como na vida, é feito de altos e baixos. Quando a lesão acontece tão perto de uma prova que você se preparou tanto, é frustrante, mas faz parte do esporte. Fica de aprendizado e voltamos mais fortes para buscar os próximos objetivos”, conclui.