O deputado estadual Bruno Engler (PL) vai disputar o segundo turno das eleições em Belo Horizonte com o atual prefeito, Fuad Noman (PSD). Com 97,31% das urnas totalizadas, Engler teve 34,36% dos votos válidos, contra 26,52% de Noman. No segundo turno, os dois terão o desafio de disputar o eleitorado que votou nos candidatos Mauro Tramonte (15,21%), Gabriel (10,58%), Duda Salabert (7,68%) e Rogério Correia (4,40%).
A corrida em Belo Horizonte foi uma das mais disputadas do País e, até a reta final, teve empate técnico entre os candidatos que pleiteavam um lugar no segundo turno, mostravam as pesquisas. Enquanto Engler despontou como favorito a uma das vagas no confronto direto, os demais candidatos estavam no segundo pelotão.
O resultado reproduz o embate que vem se tornando frequente no Estado desde 2020, com um candidato de centro apoiado pela esquerda enfrentando um candidato aliado do bolsonarismo. Nas eleições municipais de 2020, o candidato de centro (Alexandre Kalil) saiu vitorioso contra Engler. Nas eleições estaduais de 2022, o bolsonarista Romeu Zema venceu Kalil.
Para o segundo turno, Engler disse que aceita dialogar com todos os candidatos, menos os que ele chamou de “esquerda radical”. Afirmou não ter “rixa pessoal ou inimizade” com nenhum dos pré-candidatos, inclusive os de esquerda, mas que a divergência ideológica o impede de uma aproximação com os políticos petistas.
Por outro lado, Fuad Noman terá como principal objetivo captar os votos da esquerda, que ficaram focados em Rogério Correia (PT) e Duda Salabert (PDT) no primeiro turno. Na reta final da campanha, o PT sugeriu a Correia que diminuísse os ataques ao atual prefeito, como forma de evitar um segundo turno entre Engler e Mauro Tramonte, outro candidato da direita.
Noman tentará manter a tradição em Belo Horizonte desde que a reeleição foi instituída: todos os prefeitos que tentaram um novo mandato foram reeleitos. O prefeito, que na reta inicial da campanha era desconhecido da maioria do eleitorado belorizontino, ainda tem de enfrentar um tratamento de um câncer,
Vitória reelege Pazolini
O prefeito de Vitória (ES), Lorenzo Pazolini (Republicanos), foi reeleito neste domingo (6) para um segundo mandato no cargo. Com a totalidade das urnas apuradas, o republicano alcançou 56,22% do total de votos. O resultado do primeiro turno na capital de Espírito Santo já era esperado, com o republicano disparado em primeiro lugar nas pesquisas desde o início.
Na segunda posição, ficou João Coser (PT), que já foi prefeito da capital capixaba, com 15,6%. O também ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) totalizou 12,46%. Os dois primeiros colocados – Pazolini e Coser – já haviam se enfrentado no segundo turno das eleições municipais de 2020, quando o primeiro obteve 58,50% dos votos válidos, contra 41,50% do segundo.
Durante a campanha deste ano, o tema da segurança predominou no discurso de Pazolin. Entre as propostas, destaca-se a intenção de recriar a Guarda Municipal e a integração com os governos estadual e federal. Na área da saúde, deu ênfase ao tema da gravidez na adolescência, apontando-a como uma questão de saúde pública. Para enfrentá-la, prometeu intensificar campanhas preventivas com o programa “Saúde na Escola”, que oferece suporte aos estudantes em todas as áreas de sua saúde.
Nascido em Vitória, Pazolini tem 42 anos, é formado em Direito e já ocupou dois cargos públicos por meio de concurso: o de auditor de controle externo do Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCE-ES) e o de delegado de Polícia Civil do mesmo estado Em 2018, foi eleito deputado estadual e deixou o cargo para assumir a prefeitura de Vitória em janeiro de 2021.