Por aqui, estamos em contagem regressiva. Daqui a exatos oito dias, a temporada de festas juninas será aberta em Brasília com o Arraiá GPS, marcado para o dia 27 de maio, na Asbac. O spoiler que damos é que você pode esperar muito friozinho, bandeirolas espalhadas, fogueira, fogos de artifício, comidinhas típicas e, claro, música de qualidade.
Ao lado da banda brasiliense Encostan’eu, a Falamansa animará a festança. O grupo, que está na estrada há quase 25 anos, foi um dos responsáveis por popularizar o forró universitário. Entre os sucessos estão Xote dos Milagres, Xote da Alegria, Oh Chuva e por aí vai.
Para dar aquele gostinho de quero mais em nosso leitor, o GPS bateu um papo com o vocalista Ricardo Cruz, conhecido como Tato, que nos contou um pouco sobre a expectativa em participar do Arraiá GPS, da relação com a capital federal e projetos. Olha só:
O Falamansa virou um fenômeno em todo o Brasil nos anos 2000, levando o forró para o mainstream. Vocês imaginavam que isso aconteceria?
A banda não teve tempo para imaginar nada, porque, entre o início da banda até o estouro, foi muito pouco tempo, porém, de muito trabalho. Com seis meses, fazíamos shows todos os dias. A coisa foi acontecendo, talvez pela novidades e pelas músicas próprias, foi tudo muito rápido.
A temporada de festas juninas é uma época movimentada para vocês? Quantos shows vocês fazem entre junho e agosto?
É muito gratificante pra gente ver cada vez mais a banda sendo referência de um momento da nossa identidade cultural brasileira. A cada ano é uma benção e uma responsabilidade maior. Vamos para onde nos chamarem. Metade da agenda é no Nordeste, principalmente para retribuirmos na fonte mesmo. Espero sempre poder retribuir essa representatividades depois de quase 25 anos de forró.
Ainda nesse contexto da temporada de festas juninas, como é rodar o Brasil e passar por tantas cidades diferentes? O que cada região tem de diferente para vocês?
Legal você ter feito essa pergunta. Me fez pensar. São quase 25 anos de estrada. Mensalmente a gente toca em lugares que nunca tocamos antes. Isso mostra a grandiosidade cultural do País, da receptividade cultural. Vejo muito mais igualdade do que diferenças nos públicos no Brasil. Os shows gratuitos mostram a diversidade de perfis. A aceitação é muito boa em todas as idades e tribos.
Quais são as lembranças interessantes que vocês têm de tocar em Brasília?
Brasília, fora São Paulo e BH, é a cidade onde mais tocamos no País. Incrível essa receptividade. Ouço isso de outros artistas também. Todo mundo que toca aí fala isso. Brasília virou um ponto importante da história da banda e ficamos felizes em voltar.
Por ter tocado muito em Brasília, fiz muitos amigos. Em vários shows na cidade, eu me disfarçava, colocava um toné e saía no rolê com a galera. Muitas vezes não dava certo. Gosto muito de viver na capital.
Vocês fizeram uma música em parceria com o Natiruts, uma banda de Brasília. Como foi trabalhar com eles? Vocês já tinham esse gosto pelo reggae? De onde surgiu a ideia?
A música em parceria com Natiruts faz parte de um projeto da banda de misturas rítmicas, já que, normalmente, sempre tivemos um estilo muito próprio. Agora, queremos mesclar mesmo. Além disso, o reggae é um primo do xote. A primeira música do projeto foi com a Iza.
Os eventos voltaram depois de tempos difíceis na pandemia. Como está sendo voltar a ter contato com o público e ver as plateias cheias de gente?
Você tocou em um ponto que realmente fez a diferença na vida de todo mundo, mas eu posso falar da vida do Falamansa. Essa volta pros shows, para uma banda que fala sobre alegria diante das dificuldades, tem sido muito visceral. Mistura de saudade com aquela necessidade de ouvir coisas positivas. O que a gente sentiu muito foi que, durante esse período, as pessoas conheceram mais a banda. O que dá pra perceber na volta é o quanto o público está comparecendo aos shows pela primeira vez na vida. Tem sido uma mudança na nossa história que eu espero que possamos retribuir.
O que os brasilienses podem esperar para o show no Arraiá GPS?
Podem esperar muita alegria, principalmente retribuição. Quero que as pessoas saiam do show melhores do que chegaram, porque é isso que elas fazem comigo todos os dias. Só quero retribuir, fazer com que elas cantem, e espero ser merecedor de estar ali, principalmente em um evento como esse, que já é um clássico dos festejos juninos. É muita honra e muita alegria.
Serviço
Arraiá da GPS
Onde: ASBAC
Quando: 27 de maio de 2023, a partir das 19h
Quanto: R$ 80 (oitenta reais) para doadores de 1kg de alimentos
Compre: Bilheteria Digital / @arraiagps e @gpslifetime
Informações: (61) 98409-0198
Classificação Indicativa livre