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Elefanta Pupy chega a santuário na Chapada dos Guimarães, após viver 30 anos na Argentina

Nascida no Parque Nacional Kruger, na África do Sul, ela foi levada, em 1993, para o Ecoparque de Buenos Aires

A elefanta Pupy, de 36 anos e de origem africana, que esteve mantida no Ecoparque de Buenos Aires, na Argentina, desde 1993, chegou ao Brasil nesta sexta-feira (18), após cinco dias de viagem de caminhão. Seu novo lar é o Santuário de Elefantes Brasil (SEB), localizado na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso. Lá, o animal voltará a viver em ambiente natural e de forma livre, depois de anos morando no zoológico argentino, que foi recentemente desativado.

Pupy levou nove horas para sair da caixa em que foi transportada, e já se encontra no espaço destinado a ela. Cabe destacar que se trata da primeira elefanta africana recebida no SEB. O deslocamento do animal rumo ao Brasil começou na última segunda-feira (14). Com a ajuda de um guindaste, ela foi colocada dentro de uma caixa posicionada sobre um caminhão e se deslocou por 2.690 km, da capital argentina até Chapada dos Guimarães.

Conforme o santuário, o animal não foi transportado de avião porque demandaria uma aeronave muito grande, e o aeroporto mais perto da nova casa de Pupy não consegue acomodar uma aeronave do porte adequado para a missão. “Além disso, a decolagem e o pouso podem ser estressantes para o elefante. A viagem por terra, com escolta policial, é mais segura e tranquila”, informou o SEB.

A situação da elefanta vem sendo atualizada nas redes sociais do Santuário de Elefantes Brasil. Em um vídeo postado no perfil do SEB, foi informado que Pupy está sendo acompanhada por uma bióloga, que realiza estudo de comportamento do animal, e veterinárias, responsáveis por seus cuidados.

 
 
 
 
 
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Ela ficará em uma área ao ar livre, por enquanto sem a companhia dos outros elefantes do SEB, já que elefantes africanos e asiáticos não convivem na natureza. Em breve, o espaço espera receber também Kenya, outra elefanta africana que está na Argentina e ficará junto de Pupy. Até a chegada de Kenya, Pupy ficará sozinha e não deverá compartilhar os mesmos espaços com outros animais. Mas, no futuro, ela poderá ver e se comunicar com as demais companheiras, se assim desejar, afirmou o santuário.

Hoje, o espaço abriga outras cinco elefantas, todas originárias da Ásia – Maia, Rana, Guillermina, Bambi e Mara. Esta última viveu uma jornada semelhante a de Pupy, saindo do mesmo ecoparque da Argentina, onde estava desde 1995, e chegando ao Brasil em maio de 2020.

Pupy viveu por mais de 30 anos na Argentina
Pupy nasceu na década de 1980 no Parque Nacional Kruger, na África do Sul. Em 1993, quando estava com cerca de cinco anos, foi transportada para a Argentina, onde passou a viver no zoológico Templo Hindu dos Elefantes, no centro de Buenos Aires. O local passou a ser chamado de Ecoparque de Buenos Aires e, depois de 120 anos servindo de espaço para abrigar elefantes e outros animais em cativeiro, foi desativado para se transformar em um centro de conservação de vida selvagem nativa.

Desde 2016, o ecoparque tem realocado seus animais, como chimpanzés, orangotangos e ursos, em reservas e santuários. O objetivo é priorizar o bem-estar dos bichos, uma vez que poderão viver em locais adequados às suas necessidades, e focar na conservação das espécies nativas. Mais de mil animais já foram realocados. 

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