O ex-deputado federal Eduardo Cunha pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão dos processos e investigações contra ele com base na delação do doleiro Lúcio Funaro. Os advogados de Cunha pedem que a suspensão dure até a liberação do acesso à íntegra das conversas entre procuradores e autoridades divulgadas pela “Vaza Jato”.
O pedido foi feito com base na decisão do ministro Dias Toffoli que determinou o acesso à íntegra do material apreendido na “Operação Spoofing”, que apura a invasão do celular de autoridades.
A defesa de Cunha alega que a 10ª Vara Federal de Brasília descumpriu a decisão de Toffoli ao conceder apenas o acesso parcial ao material. De acordo com os advogados, as conversas indicam que os procuradores da Lava Jato “sabiam da falta de credibilidade da palavra do delator e mesmo assim o utilizaram para atingir Eduardo Cunha com fatos criminosos falsos”.
“Com o acesso parcial às mensagens da Operação Spoofing foi possível identificar que o pivô da acusação contra Eduardo Cunha (o delator Lúcio Funaro) era famoso no MPF por “vender fumaça”, ou seja, produzir falsas acusações em grandes operações da PF”, diz a petição enviada ao Supremo.