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Edival Pontes, o Netinho, traz a medalha de bronze no taekwondo em Paris-24

Com o triunfo, por 2 rounds a 1, ele conquistou o terceiro pódio do País na modalidade
Edival Pontes, o Netinho, teve de disputar a repescagem e voltará dos Jogos Olímpicos Paris 2024 com a medalha de bronze na bagagem
Edival Pontes, o Netinho, teve de disputar a repescagem e voltará dos Jogos Olímpicos Paris 2024 com a medalha de bronze na bagagem. Foto: Wander Roberto/COB

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Edival Pontes, o Netinho, garantiu nesta quinta-feira (8) a primeira medalha do Brasil no taekwondo desde o Rio-2016. Nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, o brasileiro derrotou o espanhol Javier Pérez Polo na disputa pela medalha de bronze na categoria até 68 kg. Com o triunfo, por 2 rounds a 1, ele conquistou o terceiro pódio do País na modalidade. Com isso, o Brasil chegou a 16 medalhas garantidas na França.

Antes de Netinho, Natália Falavigna (até 67 kg) em Pequim-2008 e Maicon Siqueira (mais de 80 kg) no Rio-2016 colocaram o taekwondo no quadro de medalhas do Brasil. Ele chegou para a disputa do bronze após perder para Zaid Abdul Kareem, da Jordânia, e se garantiu na disputa pelo terceiro lugar após seu algoz se garantir na decisão da categoria. Na repescagem, eliminou Hakan Reçber, da Turquia – adversário que o tirou da disputa em Tóquio, em 2021.

“Foi muito difícil. Primeiramente, desde o começo, na Paraíba, sempre foi difícil o apoio ao esporte. O Nordeste tem muitos talentos, do boxe, na luta, mas não tem para uma coisa tão legal (taekwondo). Graças a Deus eu estou em uma boa equipe, sempre representando João Pessoa, minha Paraíba. Não tenho palavras para dizer o quanto amo aquela terra”, afirmou Netinho, à TV Globo, após conquistar o bronze.

Em um duelo muito estudado no primeiro round, Netinho ficou atrás na maior parte do assalto, depois de receber um golpe no tronco, mas se recuperou na reta final, com um chute na cabeça de Polo e garantiu a vantagem, com empate por 3 a 3. No segundo assalto, novamente o espanhol começou melhor no embate contra o brasileiro, respondendo com um golpe na cabeça ainda no início; na sequência engatou um acerto no tronco. Netinho ainda acertou um golpe na cabeça do rival, mas não conseguiu se recuperar no assalto, que terminou com a vitória por 6 a 4 do espanhol.

No round decisivo, Netinho manteve a calma e dominou o espanhol, com dois chutes no tronco na sequência, abrindo o placar em 4 a 0. Na reta final, contou com a estratégia da comissão técnica e, à frente no placar, optou por segurar a luta e esquivar dos golpes de Polo. Recebeu três punições, mas garantiu a vitória por 4 a 3 e a medalha de bronze para o Brasil.

Esta é a segunda Olimpíada de Netinho, que já havia disputado os Jogos Olímpicos de Tóquio, sendo eliminado nas oitavas de final. No Pan-Americano, ganhou o ouro em 2019 (individual, até 68 kg) e 2023, por equipes. Natural da Paraíba, Netinho começou no esporte aos cinco anos, mas no futebol; dois anos depois, se apaixonou pelo taekwondo e pela arte marcial.

Netinho teve de lidar com uma batalha judicial poucos meses antes da disputa dos Jogos. Suspenso após um resultado adverso em exame de doping em novembro de 2023. A substância apontada no exame de doping não foi revelada, mas sua defesa no caso conseguiu diminuir a suspensão, e em janeiro ele já estava de volta. Quando conseguiu a classificação olímpica, em abril deste ano, destacou as provações que teve pelo caminho.