A empresária e consultora Rachel Maia, ex-CEO de marcas como Tiffany, Lacoste e Pandora foi a convidada do Sebrae-DF em um evento para mulheres empreendedoras, no Hípica Hall. Durante a palestra, ela falou sobre como as mulheres podem ocupar espaços dentro das empresas e que as companhias devem buscar talentos nas periferias.
Rachel Maia nasceu em São Paulo, é formada em contabilidade e estudou no Canadá e nos Estados Unidos. A palestrante falou sobre suas origens humildes e sobre como se superou para alcançar postos de destaque em multinacionais. Rachel foi convidada do Sebrae-DF no Encontro de Mulheres Empreendedoras, realizado em parceria com o Lide Mulher, a Secretaria de Mulher do Distrito Federal e o grupo Mulheres do Brasil.
A plateia, formada majoritariamente de mulheres, fez perguntas à palestrante. Em uma das respostas, a ex-CEO falou sobre a essência feminina e sobre a necessidade de manter o foco. “Vocês não precisam se cobrar para serem fortes além da conta naqueles dias difíceis. Faz parte do processo. É algo que eu venho tentando aprender”, aconselhou.
Para que cada vez mais cargos de liderança sejam ocupadas mulheres, a empresária acredita que é necessário apostar na qualificação profissional. “Hoje nós temos mais mulheres nas universidades do que homens. Não precisamos sair do nosso universo, mas para ocupar espaços é possível buscar conhecimento”, opinou.
Em uma das perguntas sobre inovação, Rachel Maia falou da importância da busca e retenção de profissionais. Na opinião da palestrante, é essencial entender que a diversidade é uma das formas de chegar a ideias e práticas disruptivas. “Procurem talentos onde não costuma se procurar. A inovação é determinante para a transformação cultural. Jovens de periferia podem entregar muito”.
Intercâmbio de experiências
A superintendente do Sebrae-DF, Rose Rainha, prega que é necessário entender melhor as melhores práticas do mercado e trocar experiências com outras mulheres. “A gente acredita no poder da informação. Quanto mais capacitada essa mulher estiver, melhor empreendedora ela será”, explicou. “No DF, estamos acima da média nacional em relação a empresas dirigidas por mulheres. Mas ainda não estamos perto do que podemos alcançar”, completou.