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E o Oscar de melhor canção pode ir para… Lady Gaga e seu épico que agrada

Se tudo seguir como deve seguir em um Oscar, com premiados sendo escolhidos dentro de um equilíbrio de conservadorismo disfarçado e alguma atenção às demandas dos novos tempos, a vencedora de melhor canção será… Hold My Hand, com Lady Gaga.

 

A música que ela fez para a trilha de Top Gun, Maverick, atende ao tipo de canção épica que Gaga já sabe que dá resultado. A canção de amor diz: “Diga-me que você precisa de mim / Segure minha mão, tudo vai ficar bem / Eu ouvi dos céus que as nuvens estão cinzas / Puxe-me para perto, envolva-me em seus braços doloridos / Eu vejo que você está sofrendo, por que você demorou tanto / Para me dizer que você precisa de mim?”

 

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E o canto de Gaga, doloroso e cheio de urgências, transbordando muitas vezes para o grito (que muita gente odeia), faz de Hold My Hand o ponto pop mais promissor desta edição. Mas por que Hold My Hand e não Lift Me Up, que Rihanna canta lindamente no filme Pantera Negra: Wakanda para Sempre?

 

Ambas são bem produzidas e trazem intérpretes de alto relevo. Porque, tecnicamente, e diferentemente de Hold My Hand, Lift Me Up peca no tempo que leva para dar seu recado. Com uma introdução longa demais, isso só vai acontecer com um minuto de música, tornando a arrastada demais. Arrastada e piegas.

 

Se a aposta em Hold My Hand indica que é ela a melhor canção entre as cinco indicadas? Não. A melhor de todas pode ser considerada This is a Life, uma delícia psicodélica cantada por David Byrne e pela cantora Mitski, na contramão de tudo o que vai parar nas indicações de fácil digestão de um Oscar.

 

Abraçados por um projeto sonoro chamado Son Lux, essas viagens que Byrne se mete com resultados sempre alucinantes, os dois se vinculam à atmosfera do filme que representam, Tudo Em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo, e soam experimentais demais para Hollywood.

 

Se ganharem, será sinal de que as coisas estão realmente mudando por lá. Depois que Samara Joy venceu Anitta no Grammy, seria lindo ver a excelência artística premiada mais uma vez. Outro teste dos novos tempos.

 

A canção Naatu Naatu, cantada em telugo, um dos 22 idiomas oficiais da Índia, por M.M. Keeravaani e Chandrabose, está no filme indiano RRR: Revolta, Rebelião, Revolução. É uma música pop, também épica, semelhante às trilhas de um filme cômico da Pixar, cheia de pressão percussiva e um tanto cansativa.

 

Mas sua vitória seria uma glória aos países fora do eixo, como foi ao vencer o Globo de Ouro deste ano, derrotando Rihanna e Taylor Swift. E há ainda Applause, de Sofia Carson e Diane Warren, que aparece em Tell it Like a Woman. É uma canção de amor, bonita, mas dentro de uma forma muito desgastada. Sua vitória seria um mais do mesmo que não cairia bem ao Oscar.

Redação GPS

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