O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acompanhou de perto os desdobramentos da cúpula do BRICS realizada no Brasil. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (7) pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, em coletiva de imprensa.
“Ele está monitorando [a reunião] de perto. É por isso que ele mesmo fez uma declaração”, afirmou.
A cúpula, que foi encerrada nesta segunda e reuniu os países do bloco BRICS— Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além de novos membros como Irã e Arábia Saudita — provocou reação direta do republicano, que acusou o grupo de “minar os interesses dos Estados Unidos”.
Mais cedo, durante o encerramento da 17ª cúpula do BRICS, no Rio de Janeiro, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que o bloco representa uma nova forma de fazer o multilateralismo sobreviver no cenário internacional.
“No BRICS, a gente tem convicção que a gente não quer mais um mundo tutelado. A gente não quer mais guerra fria. A gente não quer mais desrespeito à soberania. A gente não quer mais guerra”, enfatizou.
No domingo (6), Trump prometeu aplicar uma tarifa de 10% a qualquer país que se alinhar ao que chamou de “políticas antiamericanas” promovidas pelo bloco. Ele já havia ameaçado anteriormente sobretaxar em até 100% os produtos vindos dos países que se recusarem a negociar com os EUA em seus termos.
As declarações ocorrem em meio a discussões internas do BRICS sobre a criação de uma moeda comum para transações comerciais — uma tentativa de reduzir a dependência do dólar. Segundo Trump, essa iniciativa representa uma ameaça direta ao domínio econômico americano.