Após a divulgação dos detalhes do tarifaço o dólar subiu 0,38%, cotado a R$ 5,59. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, reverteu a tendência de queda e fechou com alta de 0,94%, aos 133.972 pontos. A informação sobre a assinatura do tarifaço surgiu quase simultaneamente ao anúncio do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, de que manterá a taxa de juros entre 4,25% e 4,50% ao ano.
Um dos setores que seriam mais afetados pela tarifa de 50%, o de suco de laranja, cuja maior parte é exportada para os EUA, conseguiu escapar parcialmente, com uma redução de 40% na sobretaxa. Os movimentos no mercado também foram influenciados pela decisão do Fed de manter os juros inalterados.
Já as ações da Embraer, fábrica de aeronaves, foi ao pico e entraram em leilão, mecanismo acionado automaticamente para proteger os investidores de variações fora do comum. As ações estavam em alta de 11%.
O suco de laranja entrou na lista de exceção e vai ficar com a tarifa de 10%. Ibiapaba Neto, diretor-executivo da CitrusBR, Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos, comemorou:
“A decisão foi um resultado da pressão do setor americano, visando proteger suas próprias empresas, já que o Brasil é um fornecedor crucial para o mercado de suco de laranja dos EUA”.
O mercado é influenciado por outros fatores, como a decisão do Banco Central americano de manutenção pela quinta vez dos juros na faixa de 4,25% a 4,5% ao ano.
Empresas de papel e celulose, como Klabin (0,8%) e Suzano (0,75%), indústria de celulose, subiu 1,63% Petrobras também subiu 0,96%.
O comportamento dos ativos no exterior piorou depois de comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sinalizando uma postura mais voltada ao aperto monetário, o que levou à queda das bolsas em Wall Street e à valorização do dólar.
Além disso, o presidente Donald Trump disse que as negociações estão avançando com a China e que espera que os dois lados cheguem a um acordo justo sobre comércio.