O Ibovespa registrou nesta quinta-feira (24) o segundo dia consecutivo de perdas em torno de 1%, voltando ao patamar dos 133 mil pontos, nível semelhante ao observado na virada de abril para maio. O índice fechou em queda de 1,15%, aos 133.807,59 pontos. O giro financeiro da sessão foi de R$ 15,7 bilhões, abaixo do já enfraquecido volume de R$ 17 bilhões da véspera. Com o resultado, o Ibovespa sobe 0,32% na semana, mas recua 3,63% em julho. No acumulado do ano, o avanço é de 11,24%.
O cenário de aversão ao risco piorou pela aproximação de 1º de agosto, data prevista para início da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada por Donald Trump. Dados da B3 mostram que, até o dia 22, a saída líquida de capital externo no mês se aproxima de R$ 5 bilhões, embora o saldo anual ainda esteja positivo em R$ 21,45 bilhões.
O dólar à vista fechou praticamente estável, com leve queda de 0,06%, cotado a R$ 5,5199. A moeda americana chegou à máxima de R$ 5,5391 pela manhã, mas recuou ao longo do dia, com mínima de R$ 5,5129.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou nesta quinta que o plano de contingência do governo brasileiro para responder às tarifas dos EUA está concluído e será apresentado ao presidente Lula.
A proposta inclui medidas de apoio a empresas afetadas, como a abertura de linhas de crédito. Haddad também afirmou que o governo está aberto ao diálogo, mas ponderou: “Não há negociação sem interlocução”.