O dólar encerrou a sessão desta segunda-feira (17) em queda firme, atingindo seu menor valor desde 7 de novembro de 2024. A moeda norte-americana registrou desvalorização de 0,99%, fechando cotada a R$ 5,6864, após atingir a mínima de R$ 5,6664 durante a tarde. O movimento foi impulsionado por dados econômicos fracos nos Estados Unidos e pelo otimismo em relação à economia chinesa.
O recuo da divisa norte-americana foi motivado, principalmente, por indicadores econômicos abaixo do esperado nos EUA. As vendas no varejo cresceram apenas 0,2% em fevereiro, bem abaixo da projeção de 0,7%.
Além disso, o índice de atividade industrial Empire State despencou para -20 em março, reforçando preocupações com uma possível desaceleração econômica no país. Esses fatores alimentam especulações sobre uma futura redução da taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed).
Ao mesmo tempo, dados positivos vindos da China impulsionaram moedas de países exportadores de commodities, como o real, o dólar australiano e o neozelandês. O governo chinês anunciou novas medidas para estimular o consumo, enquanto os números de vendas no varejo e produção industrial do primeiro bimestre superaram as expectativas do mercado.
Copom
No Brasil, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de janeiro veio acima das estimativas, o que elevou as expectativas para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na próxima quarta-feira (19). O mercado já precifica um aumento da taxa Selic em 1 ponto percentual, levando-a a 14,25%, como sinalizado anteriormente pelo Banco Central.
A valorização do real neste início de ano, impulsionada pela perda global de força do dólar, levou o Itaú a revisar sua projeção para a taxa de câmbio em 2025 e 2026, de R$ 5,90 para R$ 5,75.
No entanto, o banco alerta que a apreciação da moeda brasileira pode ser limitada pelas incertezas fiscais e pela deterioração das contas externas.