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Dois empresários são presos pela operação Lesa Pátria

Os dois são suspeitos de financiar acampamento bolsonarista no DF
Joveci Xavier de Andrade e Adauto Lúcio de Mesquita | Foto: Reprodução/ Blog Ricardo Antunes

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Dois empresários do Distrito Federal foram presos preventivamente nesta quinta-feira (29), na 25ª fase da operação Lesa Pátria. Os dois são alvos da Lesa Pátria, que investiga os ataques aos Três Poderes em 8 de janeiro do ano passado. Ambos foram levados para a sede da Polícia Federal (PF), em Brasília.

A operação executou 24 mandados de busca e apreensão, 7 de monitoramento eletrônico e 3 de prisão.

Os alvos são Joveci Xavier de Andrade e Adauto Lúcio de mesquita e os dois são sócios da rede Melhor Atacadista. Eles são suspeitos de financiar o acampamento bolsonarista em Brasília.

De acordo com a investigação, Adauto teria feito várias doações de R$1.300 em frente ao quartel-general do Exécito. Além disso, de acordo com a CNN, os dois criaram um grupo de WhatsApp para arrecadar dinheiro para o aluguel de lonas para os acampados em frente ao Exército e também bancavam semanalmente mantimentos para o acampamento e arcavam com parte dos custos dos banheiros químicos instalados em frente ao quartel.

CPI

Os dois foram ouvidos durante a Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara Legislativa do DF (CPI-DF) que investigou os atos antidemocráticos em janeiro de 2023.

Joveci Xavier de Andrade foi desmentido quando o perguntaram se ele tinha envolvimento nos atos e ele respondeu: “Eu não participei. De nenhum ato”. Após essa resposta, o deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF) mostrou uma foto de Joveci com a camisa do Brasil e com uma placa dizendo: “Supremo é o povo” durante manifestação que Joveci estava.

Adauto Lúcio confirmou que fez doações para o acampamento: “Tive quatro doações pequenas que estão aqui, no meu extrato. Uma de R$ 100, de R$ 110 e outra de R$ 1 mil. Foram três”, disse o empresário, e negou ter pagado por um trio.

O que diz a defesa

O advogado que defende os dois acusados, Iure de Castro, disse que considera válida a realização de apurações, assim como os seus clientes têm a oportunidade de se esclarecerem completamente as questões em aberto.

“Eles reiteram seu compromisso com a democracia, o Estado de Direito, o respeito às Instituições, ao processo eleitoral, ao Ministério Público e ao Judiciário, com especial ênfase na sua instância máxima, o Supremo Tribunal Federal (STF)”, disse o advogado.

Iure diz que não teve acesso à decisão feita pelo STF, pelo ministro Alexandre de Moraes e que desde o início houve esforços para o esclarecimento dos fatos, e que o compromisso será mantido perante o STF.