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Documentário relata árdua rotina de lideranças em comunidades vulneráveis

Com narrativa intimista e atraente, filme promovido pela veterana ONG Parceiros Voluntários quer sensibilizar sociedade civil e mostrar o bom impacto na cultura do voluntariado

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Um documentário estrategicamente colocado no Dia Internacional da Mulher dá início a um ousado projeto audiovisual, cuja intenção é dar maior abrangência à cultura do voluntariado no Brasil.  Só Juntos – Dá pra Mudar. É só Começar estreia hoje em São Paulo e depois segue para uma programação de exibições nas próprias comunidades retratadas pelo filme. Brevemente, estará disponível online para exibição permanente e gratuita.   

 

O documentário de 58 minutos tem direção de Juliano Ambrosini e traz as histórias de três lideranças de Organizações da Sociedade Civil baseadas no Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Respectivamente, as comunidades do Pavão, Pavãozinho e Cantagalo; Osasco; e Bom Jesus. Todos revelando de forma natural e sensível as nuances e impactos do voluntariado.

 

A pequena equipe deste documentário conseguiu de maneira delicada acompanhar cada um dos personagens por uma semana, trazendo ao público as histórias em formato de diário com testemunhos repletos de emoção diante das  ações transformadoras.

 

“Trabalhamos com uma narrativa atraente e intimista com o intuito de aproximar o público das nossas personagens. Nesse sentido, recorremos às técnicas das duas grandes escolas do documentário: o cinema direto e o cinema verdade”, conta Ambrosini.

 

Os três personagens centrais

 

Gilma Rossafa – Gilma é mãe de Camila Rossafa, jovem vítima da violência urbana  assassinada aos 16 anos em Osasco/SP, Gilma fundou a Associação Camila em Defesa e Valorização da Vida, atuando na defesa dos direitos e justiça social, promovendo a Cultura de Paz.

 

Henrique Medeiros  – Neto de Marli Medeiros, liderança feminista na Vila Pinto, Henrique cresceu dentro do Centro de Educação Ambiental (CEA)ONG que compreende o Centro de Triagem da Vila Pinto, o Centro Cultural Marli Medeiros e a Escola Vovó Belinha, localizados no bairro Bom Jesus em Porto Alegre/RS.

 

Júlia Rangel – Psicóloga carioca, Júlia cresceu no Leblon, de onde via, pela janela de casa, as comunidades do Pavão, Pavãozinho e Cantagalo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Foi na Rede Postinho(OSC que promove saúde preventiva), que ela encontrou a oportunidade de fazer trabalho voluntário. 

 

Brasil voluntário
 

 

À frente do projeto, a ONG Parceiros Voluntários (PV) que em seus 26 anos  de atuação no terceiro setor conseguiu mobilizar mais de 650 mil pessoas. Para o superintendente da PV, José Alfredo Nahas, “com o documentário desejamos que outras pessoas despertem para uma atitude cidadã.  Afinal, só juntos podemos construir um mundo melhor”

 

Apesar do Brasil contar com uma cultura de voluntariado ativa e robusta, pesquisa do Datafolha de 2021 indica que o País atualmente conta com 57 milhões de voluntários. O potencial de impacto do voluntariado estende-se além do trabalho em si. Educação e conscientização da sociedade dando suporte às ações voluntárias práticas, em direção a projetos longevos e sustentáveis.