O deputado distrital Fábio Félix protocolou, nesta terça-feira (10), na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), uma moção de solidariedade ao brasiliense Thiago Ávila e aos demais ativistas sociais detidos por Israel durante a missão humanitária Freedom Flotilha.
No pedido, o psolista afirma que os integrantes da embarcação foram “sequestrados por forças israelenses em águas internacionais, enquanto participava de missão humanitária”.
“A CLDF reconhece a coragem e o compromisso de Thiago Ávila com a justiça e a dignidade humana, e reafirma que seu sequestro e o tratamento dado à missão Madleen não apenas violam normas internacionais, mas também atentam contra os princípios da solidariedade, da paz e da ação humanitária”, enfatiza no requerimento.
Segundo o parlamentar, a prisão dos integrantes da missão humanitária configura “plena violação do direito internacional e da liberdade de navegação em águas internacionais”.
“Thiago Ávila foi detido, junto com outros 11 ativistas, incluindo a sueca Greta Thunberg. A interceptação se deu após ameaça pública do Ministro da Defesa de Israel, que declarou que não permitiria a chegada da embarcação a Gaza”, prossegue o texto legislativo.
Félix lembrou que, diante do episódio, o governo federal por meio do Ministério das Relações Exteriores, publicou nota oficial exigindo a libertação dos tripulantes detidos, bem como o fim das restrições à entrada de ajuda humanitária em Gaza.
“Diante da gravidade dos fatos e do envolvimento direto de um cidadão do Distrito Federal, a Câmara Legislativa expressa publicamente sua solidariedade irrestrita ao ativista Thiago Ávila e aos demais tripulantes da Flotilha da Liberdade, e seu repúdio ao bloqueio de total de suprimentos promovido por Israel, responsável pela escassez extrema de alimentos, medicamentos e serviços essenciais”, conclui parlamentar.
Greta deportada
Ávila e a ativista sueca Greta Thunberg foram detidos por forças israelenses na segunda-feira (9) a bordo do navio Madleen, que levava ajuda humanitária a Gaza como forma de protesto contra a guerra na região. A embarcação, organizada pela Freedom Flotilla Coalition, foi interceptada a cerca de 200 km da costa por militares israelenses, que prenderam os 12 tripulantes.
O grupo pretendia distribuir ajuda no território palestino e denunciar a crise humanitária agravada pelo conflito. A coalizão e organizações de direitos humanos acusam Israel de violar o direito internacional com a apreensão da embarcação, enquanto o governo israelense sustenta que o bloqueio naval imposto a Gaza é legal. Oito dos ativistas detidos recusaram a deportação e aguardam decisão judicial, com previsão de comparecer ao tribunal ainda nesta terça-feira (10).