O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), se reuniu, nesta segunda-feira (23), com o deputado distrital Chico Vigilante (PT) para negociar uma saída para a greve dos professores e orientadores educacionais da rede pública de ensino, que entrou na quarta semana. O encontro ocorre um dia antes da nova assembleia geral da categoria, marcada para esta terça-feira (24).
O petista classificou a reunião como positiva. “Saí animado. Acredito que teremos uma proposta, mas caberá à comissão de negociação avaliar o conteúdo e, se for o caso, levar às assembleias regionais já amanhã”, enfatizou.
“Saio com esperança de uma solução para esse impasse que tem afetado tantas famílias, escolas e, sobretudo, os profissionais da educação”, prosseguiu o parlamentar.
Além do distrital e do chefe do Executivo, participaram do encontro a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá; o secretário de Fazenda, Ney Ferraz, o secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, e o secretário de Comunicação, Weligton Moraes.
Vigilante disse, ainda, que não foi à reunião para negociar. “Fui abrir o caminho para o diálogo. E essa porta está aberta. Agora, cabe ao comando de greve e aos representantes do governo avançarem com responsabilidade.”
Proposta rejeitada
Apesar da pressão judicial e do corte de ponto autorizado pelo Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDF), a categoria rejeitou, na última assembleia geral, a proposta do Governo do Distrito Federal (GDF) e reforçou que só encerrará a paralisação mediante uma proposta concreta de negociação.
O governador Ibaneis Rocha classificou a greve como política e afirmou que não haverá reajuste para o funcionalismo em 2025.
Enquanto isso, o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) recorre judicialmente contra as multas aplicadas, que chegaram a R$ 1 milhão por dia e, posteriormente, foram reduzidas para R$ 300 mil. O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a multa milionária, mas manteve a ordem de corte de ponto.