A coleção de primavera-verão 2025 da linha de alta-costura da Dior foi apresentada nessa segunda-feira (27), primeiro dia desta Paris Fashion Week. A primavera-verão 2025 de alta-costura é uma viagem pelo país das maravilhas, um mergulho na estética rococó, é a coleção mais romântica de Maria Grazia Chiuri para a Dior.
A inspiração veio da coleção Trapèze de 1958, desenhada por Yves Saint Laurent em seus tempos como diretor criativo da Dior, de uma exposição de arte no Pompidou Center, em Paris, de obras de Leonor Fini e Dorothea Tanning, além de referências ao clássico romance infantil “Alice no País das Maravilhas”.
“É uma oportunidade de despertar temas essenciais relacionados à memória da alfaiataria, em particular a criatividade dos séculos anteriores, e de interromper a ordem do tempo, nos levando a uma dimensão que não pertence ao passado nem ao futuro, mas à própria moda e à ideia de transformação associada a ela”, destacaram as notas da maison.
A apresentação trouxe peças de alfaiataria refinada, corsets e crinolinas, acompanhados por saias volumosas, penas de organza, franjas, mangas bufantes e camadas sobre camadas. Essa estética imponente foi traduzida em tons de preto, branco, dourado, bronze, rosa, verde e cinza.
Chiuri trouxe ainda um contraste interessante: enquanto a delicadeza era realçada por renda, laços, tule, bordados florais e babados, o espírito moderno foi evidenciado pelas modelos, que desfilaram com moicanos estilizados e sandálias gladiadoras até o joelho.
A silhueta Cigale, criada originalmente por Monsieur Dior para a alta-costura de Outono-Inverno 1952-1953, foi reinterpretada com tecidos moiré e apresentou uma saia pequena combinada com um fraque ajustado, destacando proporções ousadas e contrastantes.