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Dinamarca e Tunísia matam o torcedor de tédio no primeiro 0 a 0 da Copa

Equipes estão no mesmo grupo da França, atual campeã do mundo. Jogo foi marcado pelo retorno de Cristian Eriksen a uma competição após uma parada cardíaca em campo na Eurocopa de 2021

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A rede não balançou pela primeira vez na Copa do Mundo do Catar. Nesta terça-feira (22), **Dinamarca e Tunísia empataram sem gols no Estádio Cidade da Educação, na capital Doha**.

O confronto inaugurou o Grupo D da competição, que ainda reúne **França** e Austrália. Os atuais campeões mundiais estreiam logo mais, às 16h (horário de Brasília) desta terça, no Estádio Al Janoub, em Al-Wakrah.

Resultado à parte, **o jogo foi especial para Cristian Eriksen**. Em 12 de junho de 2021, o dinamarquês sofreu uma parada cardíaca em uma partida da Eurocopa, contra a Finlândia. O meia, que disse, à ocasião, que tinha “_morrido por cinco minutos_”, teve de colocar um marca-passo e viu o futuro no futebol em dúvida. Ele, porém, voltou aos gramados em janeiro deste ano e retornou à seleção dois meses depois.

A Dinamarca, aliás, foi a campo vestindo uma camisa monocromática, onde o escudo da federação e o logotipo da empresa de material esportivo estão “camuflados”. Trata-se de um **protesto contra denúncias de violação aos direitos humanos no Catar**. A seleção era, ainda, uma das que pretendia adotar a expressão One Love (“Um amor”, na tradução do inglês) na braçadeira de capitão, alusiva à **causa LGBTQIA+**, mas que acabaram recuando por pressão da Federação Internacional de Futebol (Fifa). A homossexualidade é proibida no país-sede da Copa.

O próximo compromisso de tunisianos e dinamarqueses será no sábado (26), pela segunda rodada do Grupo D. Às 7h, os africanos encaram a Austrália no Al Janoub. Mais tarde, às 13h, os **escandinavos** pegam a França no Estádio 974, na capital Doha.

**Águias dominam primeiro tempo**

Empurrada pela torcida, maioria no Cidade da Educação, **a Tunísia controlou o primeiro tempo**, adiantando a marcação e saindo em velocidade. Aos 11 minutos, o lateral Mohamed Dräger finalizou da intermediária, a bola desviou no zagueiro Andreas Christensen e passou rente à trave direita. Na sequência, Anis Ben Slimane cobrou escanteio pela esquerda e o também atacante Youssef Msakni, de cabeça, mandou por cima da meta, com perigo.

Os tunisianos até balançaram as redes aos 23, com Issam Jebali, mas o **lance foi invalidado**. O atacante recebeu às costas da zaga escandinava e bateu na saída do goleiro Kasper Schmeichel, em posição de impedimento. Aos 38, mais um susto africano, agora com Aissa Laidouni. O volante ficou com a sobra de uma cobrança de escanteio e finalizou na pequena área, pela direita, acima do gol. Quatro minutos depois, Jebali foi lançado na cara de Schmeichel e tentou encobrir o arqueiro escandinavo, que salvou com a mão trocada, evitando o primeiro das Águias do Cártago.

**E a Dinamarca?** Pouco se viu da equipe que “passeou” nas Eliminatórias Europeias (nove vitórias em dez jogos) e até derrotou a França em setembro, por 2 a 0, pela última rodada da Liga das Nações. Sem espaço no meio, a seleção europeia tentou chegar pelos lados, sem eficácia. A oportunidade mais aguda na primeira etapa foi um chute do volante Pierre Hobjerg, da entrada da área, que o goleiro Aymen Dahmen agarrou no meio do gol, aos 33 minutos.

**Dinamáquina para na trave**

A Tunísia voltou para o segundo tempo iniciando a marcação no meio-campo e apostando nos contra-ataques, ainda que esbarrando na carência de qualidade técnica no último passe. Com mais espaço, **a Dinamarca, enfim, conseguiu ser perigosa**. Aos nove minutos, o atacante Andreas Skov Olsen pegou a sobra de um chute do lateral Joakim Maehle e mandou para as redes, mas o que seria o primeiro gol europeu foi anulado por impedimento na origem do lance, em um cruzamento do meia Mikkel Damsgaard pela direita.

Aos 23, foi a vez de Eriksen testar Dahmen, que fez boa defesa em finalização da entrada da área do camisa 10, mandando para fora. Na cobrança do escanteio, Christensen escorou na pequena área e o atacante Andreas Cornelius, com o **gol vazio** e quase em cima da linha, parou na trave esquerda, na oportunidade mais clara da partida até então.

**O confronto, aos poucos, perdeu intensidade**, com erros de passe de ambos os lados e pouca criatividade. Nos acréscimos, o árbitro mexicano Cesar Ramos foi chamado ao vídeo para conferir uma suposta penalidade a favor da Dinamarca, por toque na mão na área, após cobrança de escanteio por Eriksen. O juiz viu a jogada rapidamente, mas manteve a marcação de campo. No fim, nada de gols no Cidade da Educação. **(Com Agência Brasil)**

**DINAMARCA 0**
K. Schmeichel; Christensen, Kjaer (M. Jensen) e J. Andersen; R. Kristensen, Hojbjerg, Delaney (Damsgaard) e Maehle; Eriksen; K. Dolberg (Cornelius) e A. Skov Olsen (Lindstrom).
**Técnico:** Kasper Hjulmand

**TUNÍSIA 0**
Dahmen; Bronn, Meriah e Talbi; Drager (Kechrida), Skhiri, Laïdouni (F. Sassi) e Ali Abdi; Slimane (Sliti), Msakni (Hannibal Mejbri) e Jebali (Khenissi).
**Técnico:** Jalel Kadri

**Árbitros:** César Ramos (MEX), Alberto Morín Méndez (MEX) e Miguel Paredes (MEX); VAR: Fernando Guerrero (MEX)

**Estádio:** Education City Stadium, Al Rayyan