Há cerca de 15 dias, publicamos uma matéria abordando o caso de mulheres que desenvolveram diástase por conta da gravidez. A condição, explicada pelo afastamento dos músculos abdominais, pode realmente afetar esse grupo, mas também aparece em pessoas que vivem em “efeito sanfona” ou que perdem muito peso.
Mas, desta vez, o que queremos colocar no centro da discussão é a questão do tratamento. De acordo com o cirurgião Marcelo Barros, há dois caminhos: a intervenção paliativa e a definitiva.
“O tratamento paliativo é a fisioterapia específica. Faz-se uma hipertrofia do músculo, que fica forte. Então, a capa fibrosa que envolve o músculo não tem tanta incidência no visual da diástase. A forma definitiva de tratar é operando”, explica o médico.
Sobre o processo cirúrgico, o especialista afirma que esse tipo de intervenção se torna necessária quando há um afastamento tão grande do músculo que compromete toda a estrutura da parede abdominal. “Essa situação pode comprometer até a coluna vertebral, já que ela fica como se fosse solta”, ressalta.
Por muitos anos, a técnica cirúrgica mais aplicada nesses pacientes foi a sutura, onde há a reaproximação do músculo reto abdominal, colocando-o na posição anatômica novamente. “Quando se tem um excesso de gordura e de pele, a indicação é fazer a abdominoplastia com uma equipe de cirurgia plástica”, salienta o médico.
Hoje, o que se tem de atualidade para a correção da condição é uma cirurgia minimamente invasiva, que pode ser feita com o videolaparosco e até por meio de cirurgia robótica.
“Nesse cenário, um dos métodos utilizados no procedimento conta com três incisões pequenas na linha do biquíni, onde a gente separa toda a parede abdominal do subcutâneo e vem realinhando a musculatura na parede abdominal. Com isso, conseguimos dar aquele efeito bacana de definição”, aponta Marcelo.
Por fim, é importante abordar as maneiras possíveis para evitar o aparecimento da diástase, como manter um peso adequado, evitar hábitos como o tabagismo, manter uma boa postura ao sentar e ficar em pé, não deixar de lado as atividades físicas, entre outras.