Neste domingo (10), é celebrado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, criado com o objetivo de chamar atenção para o assunto que atinge, segundo levantamentos recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 5% dos brasileiros.
De acordo com a audiologista Ariane Gonçalves, a surdez pode ter diversas causas e se manifesta de diferentes formas, sendo classificada como congênita, quando presente desde o nascimento, ou adquirida, surgindo ao longo da vida devido a fatores ambientais, como exposição prolongada a ruídos e infecções.
“A surdez não é apenas uma deficiência, mas uma maneira diferente de viver e se comunicar. É fundamental que todos estejam abertos à inclusão, promovendo acesso à educação, saúde e oportunidades para essas pessoas”, afirma a especialista.
Para intensificar a conscientização sobre o problema, o GPS|Brasília separou as causas mais comuns para a perda auditiva. Confira:
- Congênita: deficiência presente desde o nascimento, muitas vezes devido a fatores genéticos ou complicações durante a gravidez, como infecções (rubéola, toxoplasmose) ou uso de certos medicamentos pela mãe;
- Exposição a ruídos: a exposição prolongada a sons altos, como música em volume excessivo ou ruídos em ambientes de trabalho, pode danificar as células do ouvido interno, causando perda auditiva gradual;
- Infecções no ouvido: a otite média (infecção do ouvido médio) é uma causa frequente de perda auditiva em crianças. Sem o tratamento adequado, essas infecções podem danificar a estrutura auditiva;
- Envelhecimento: a perda auditiva relacionada à idade é comum em adultos mais velhos e ocorre devido à degeneração natural das células auditivas ao longo dos anos;
- Doenças: algumas enfermidades, como diabetes e hipertensão, podem afetar a circulação sanguínea e prejudicar o ouvido interno, levando à perda auditiva;
- Esfregar o ouvido com frequência: esse hábito pode irritar ou causar pequenas lesões no canal auditivo e, em casos mais graves, comprometer a capacidade auditiva.
Existem medidas preventivas que podem ser adotadas para reduzir o risco de perda auditiva, especialmente em crianças. A imunização contra doenças como rubéola e meningite, além do tratamento precoce de infecções de ouvido, são algumas das recomendações da audiologista.
Para os adultos, a especialista enfatiza o uso seguro de dispositivos de áudio e a eficácia, o controle do ruído no trabalho e a atenção aos medicamentos que podem prejudicar a audição.
*André Braga é médico clínico-geral e atual diretor de relações institucionais do Grupo Santa. Possui especializações nas áreas de pneumologia e dermatologia.