Nesta segunda-feira, 10 de março, é o Dia Nacional de Combate ao Sedentarismo, data que tem como objetivo alertar a população sobre os riscos de um estilo de vida sedentário e incentivar a prática regular de atividades físicas.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 4 milhões de pessoas morrem anualmente em todo o mundo devido a doenças relacionadas à falta de atividade física. No Brasil, um estudo realizado pelo IBGE revelou que 47,7% da população adulta é sedentária, o que representa mais de 100 milhões de brasileiros que não praticam exercícios suficientes para manter uma boa saúde.
O educador físico Gabriel D’Lucca Fernandes explica que o sedentarismo atualmente é quase como se fosse uma doença do nosso século. Sobre os prejuízos, ele potencializa todas as doenças que a gente pode ter. “Você tem mais chance de ter câncer, mais chance de ter hipertensão, doenças cardíacas, encurtamento muscular, e conforme o tempo vai passando e a idade vai aumentando, isso só tende a piorar“, explica.
Além disso, ele ressalta que, de acordo com a OMS, é preciso 150 minutos de atividade física moderada por semana para os adultos para não ser considerado sedentário.
Com o avanço da tecnologia e o aumento do tempo dedicado a tarefas mais estáticas, como o uso de dispositivos eletrônicos e o trabalho em escritórios, o sedentarismo se tornou um dos principais fatores de risco para diversas doenças crônicas, como obesidade, hipertensão, diabetes e problemas cardiovasculares.
Benefícios
Fernandes destaca que apesar de muitas pessoas terem inserido a atividade física na rotina, o número de praticantes ainda é pequeno. “Isso vem desde isso da pessoa não gostar, não querer fazer, ou não ter tempo para realizar as atividades, devido ao cansaço da rotina, do trabalho, então isso tudo leva a pessoa a não conseguir praticar, a cuidar do corpo, que é importante não só esteticamente”, explica o educador físico.
Além de evitar doenças, os pontos positivos da prática de atividades físicas é a melhora da disposição, o aumento da qualidade do sono, o controle do peso, a redução do estresse e da ansiedade, além de prevenir doenças cardíacas, osteoporose e até alguns tipos de câncer. Para especialistas, não é necessário praticar atividades de alta intensidade para colher esses benefícios.
A atividade física tem um impacto significativo na saúde mental. Ela libera endorfinas, neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar, ajudando a combater a depressão e a ansiedade.