Redação GPS São tantas as datas utilizadas para alertar para males que podem sacrificar a saúde que nem sempre é possível acompanhar tal calendário. Hoje, precisamente na segunda quinta-feira do mês de março, é o Dia Mundial do Rim, uma campanha global de conscientização sobre o impacto da doença renal e seus problemas de saúde.
Coordenada pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), a ação traz anualmente dicas e orientações sobre cuidados e a importância de zelar bem pelo órgão. Estima-se que haja atualmente no mundo 850 milhões de pessoas com a doença, o que causa pelo menos 2,4 milhões de mortes por ano. No Brasil, são mais de dez milhões de pessoas com a doença, associada a dois fatores de alta incidência na população brasileira: hipertensão arterial e diabetes.
Afinal, você cuida bem dos seus rins? Saiba que não existe cura insuficiência renal, embora o tratamento adequado possa retardar, interromper a progressão da doença e até mesmo impedir o desenvolvimento de outras condições graves.
Para que servem os rins?
– Limpar todas as impurezas e as toxinas de nosso corpo;
– Regular a água e manter o equilíbrio das substâncias minerais (sódio, potássio e fósforo);
– Liberar hormônios para manter a pressão arterial e regular a produção de células vermelhas no sangue;
– Ativar a vitamina D, que mantém a estrutura dos ossos.
Quais os principais cuidados?
Foto: Hospital do Rim/Reprodução
Alimente-se bem: “A dieta de padrão mediterrâneo ou a dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) são as mais recomendadas”, diz a nefrologista Caroline Reigada. A alimentação saudável deve ser baseada na alta ingestão de frutas, verduras, vegetais, nozes, legumes, laticínios desnatados, grãos integrais e na baixa ingestão de açúcares e carnes vermelhas ou processadas.
Proteja-se do peso extra: “A obesidade, doença crônica que acomete 1/3 da população, está diretamente ligada à diabetes e à hipertensão arterial. Quando o corpo fica maior devido ao acúmulo de gordura, os rins filtram em ritmo acelerado – o que chamamos de hiperfiltração – que a longo prazo leva à doença renal crônica, com um risco estimado de duas até sete vezes maior do que em indivíduos sem obesidade”, destaca Caroline.
Exercite seu corpo: “Sabendo que os benefícios cardiovasculares refletem diretamente na saúde renal, pode-se dizer que exercícios são benéficos, pois tem um efeito positivo em uma série de riscos, como inflamação crônica, doenças cardiovasculares e diabetes/ hipertensão”, explica.
Durma bem: “Dormir poucas horas por noite leva a maior propensão a desenvolver perda da função renal. Mulheres que dormem cinco horas ou menos por noite, por exemplo, têm um aumento de 65% de chances de sofrerem rápido declínio das funções renais”. A neurologista explica que os rins são dois órgãos do corpo que trabalham duro e podem sofrer as consequências a longo prazo do sono ruim.
Tente relaxar: O estresse também é altamente maléfico. “Em situação de estresse, o cérebro estimula os nervos das glândulas adrenais para a secreção do cortisol, o que aumenta a pressão arterial e o nível de açúcar no sangue. Essa reação química, que é uma resposta do cérebro para proteger o corpo em uma situação de aparente perigo, provoca fraqueza muscular, alterações na composição óssea e até mesmo na função renal”, diz a médica.
Gerenciar a pressão arterial: “A longo prazo, a hipertensão descontrolada pode levar a uma sobrecarga no funcionamento desse órgão”, explica a médica nefrologista. O paciente deve ter uma dieta bem equilibrada com baixo teor de sal, limitar álcool, ter um consumo adequado de água, praticar atividade física regularmente, gerenciar o estresse, manter um peso saudável, parar de fumar, tomar seus medicamentos corretamente e trabalhar em conjunto com o seu médico”, finaliza
