Em 2011, o Brasil propôs instituir o Dia Mundial da Síndrome de Down no dia 21 de março. A data foi aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e tem como premissa, segundo o Ministério da Saúde, a conscientização global em relação à condição e à inclusão.
A Síndrome de Down, uma anomalia congênita, tem caráter compulsório na Declaração de Nascido Vivo, documento padrão para registro no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc). De acordo com dados do sistema, foram notificados 1.978 casos da condição genética, de 2020 a 2021.
No Brasil, em relação às regiões com maiores prevalências, destacam-se o Sul, (5,48 por 10 mil) e o Sudeste (5,03 por 10 mil). Os números podem ser ainda maiores, já que o diagnóstico ao nascimento e sua notificação no Sinasc podem ser desafiadores.
Os indivíduos com Síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, como também é conhecida, apresentam características físicas semelhantes, como rosto arredondado, olhos amendoados, deficiência intelectual que varia de pessoa para pessoa e cardiopatia congênita.
Embora exista um conhecimento maior sobre essa condição genética atualmente, os indivíduos ainda enfrentam algumas dificuldades quanto à inclusão na sociedade. Luíza Suaide, conhecida como Luly, é um exemplo de superação das adversidades.

Foto: cortesia
Natural de São Paulo, a filha de Patrícia Costa e Rodrigo Suaide conta como seus pais sempre incentivaram sua independência, e foi assim que ela se engajou na atuação, no ballet contemporâneo e nas aulas de violão.
Atualmente, Luly faz apresentações e ensaios no Instituto Movimentarte, uma Organização Não Governamental. Em sua carreira, ela leva o cargo de Assistente de Sorrisos, compondo a equipe de marketing e atendimento ao cliente do Patties Burger, onde é uma das funcionárias mais antigas.
Atualmente, ela também faz palestras externas para outras empresas, representando a icônica hamburgueria paulistana. Com uma agenda cheia, sua semana é repleta de atividades e responsabilidades.
Vale ressaltar que é essencial que bebês e crianças com Síndrome de Down sejam acompanhadas desde cedo com exames diversos para diagnosticar o quanto antes quaisquer anormalidades cardiovasculares, gastrointestinais, endócrinas, auditivas e visuais. Muitas vezes, o tratamento precoce pode até impedir que esses problemas cheguem a afetar a saúde do paciente.