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Dia Mundial da Água: reúso de águas cinza é destaque na economia hídrica do DF

Regulamentada pela Adasa desde 2019, prática sustentável reduz desperdício

No Dia Mundial da Água, comemorado neste sábado (22), a importância da preservação e gestão sustentável dos recursos hídricos é enfatizada em todo o mundo. Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992, a data ressalta a urgência de práticas que promovam o uso consciente e responsável da água, como o reúso de águas cinza, uma alternativa que tem ganhado força no Distrito Federal.

Desde 2019, o reúso de águas cinza tem sido regulamentado pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa), e, nos últimos anos, a prática tem se expandido, especialmente em empreendimentos multifamiliares. Até 2023, foram registrados 534 projetos de reaproveitamento de águas não potáveis, dos quais cerca de 63% já estão em operação.

“O principal benefício da adoção dessa prática em termos ambientais é a redução do desperdício de água, contribuindo para a preservação dos nossos recursos hídricos. É importante lembrar que o DF está situado em região de escassez hídrica onde nossa disponibilidade de água é pequena em relação a outras unidades da Federação”, enfatiza o coordenador de Regulação da Superintendência de Abastecimento de Água e Esgoto, Leandro Oliveira. 

O aproveitamento de águas cinzas, que inclui águas provenientes de pias, chuveiros e máquinas de lavar, pode ser utilizado em atividades como segurança paisagística, lavagem de veículos e descarga de bacias sanitárias, ajudando a reduzir o desperdício e a preservar os recursos hídricos.

Dia Mundial da Água: reúso de águas cinza é destaque na economia hídrica do DF

Em prédios que utilizam esse sistema, aviso claro especifica que a destinação desse tipo de água não é para consumo | Foto: Tony Oliveira/ Agência Brasília

O coordenador da Adasa explica que o uso de águas cinza traz benefícios à preservação dos recursos hídricos, além de gerar uma economia significativa para os edifícios que implementam o sistema. “É um investimento que se paga em dois a cinco anos”, afirma. Para incentivar essa prática, a Adasa promoveu regulamentações, como a Resolução nº 5/2022, que amplia as diretrizes para a implementação de sistemas de aproveitamento, e a Resolução nº 28/2023, que reforça a importância da medição da água reaproveitada.

Além disso, a agência também confirma iniciativas seguras por meio do prêmio Guardião da Água, premiando empresas e condomínios que privilegiam sistemas de recolha e reúso de águas cinzentas e pluviais para fiscalização externa.

 

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