Neste domingo (15) é comemorado o Dia do Professor. Para celebrar a data, o GPS destaca uma pesquisa realizada pela OPEE Educação, onde dados mostram uma percepção negativa dos educadores em relação ao uso de tecnologia no comportamento infantil e juvenil.
“O ser humano precisa descobrir a si mesmo. A tecnologia é apenas ferramenta. Utilizá-la é imprescindível, mas a ferramenta que abre novos horizontes pode ser você mesmo”. Esse é um dos depoimentos apontados no Estudo OPEE 2023, que contou com 1.746 respondentes.
Quando perguntados sobre o uso da tecnologia pelas crianças e pelos jovens, 97,02% dos educadores responderam que as crianças e os jovens estão usando excessivamente as telas sem acompanhamento familiar.
A tecnologia facilita muitos âmbitos da nossa vida, mas quando usada com precaução.
“É essencial incentivarmos a presença autêntica, treinar o foco no presente, nas pessoas, reaprender a ‘desligar’ e repousar a mente”, afirma Leo Fraiman, psicoterapeuta, palestrante internacional, escritor e autor da metodologia OPEE.
Tecnologia na sala de aula
A pandemia acelerou muitos processos, como o maior uso da tecnologia em um momento de isolamento social, cuja alternativa foi adaptar a realidade presencial à remota. Na sala de aula, isso não foi diferente.
Diariamente, 32,07% dos educadores relatam utilizar a tecnologia em sala de aula. E essa frequência é justificada por 48,40% dos profissionais devido à disponibilidade de recursos tecnológicos da escola.
Já em relação ao uso de celulares e de tablets, 45,59% dos professores permitem, mas estabelecem uma aplicação consciente.
Bullying e tecnologia
Dentre as grandes consequências desfavoráveis da tecnologia, estão a redução da interação e da convivência entre os pares (30,20%) e a dificuldade de concentração e foco (29,86%). Já os impactos positivos de destaque são a facilitação do aprendizado (44,68%) e o melhor rendimento escolar (22,70%).
Para 80,87% dos educadores, o bullying e o cyberbullying são práticas favorecidas pela tecnologia. Essas práticas violentas vêm ganhando amplitude no País, como mostra o estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou que um em cada dez estudantes sofre com o cyberbullying, marcado por ofensas praticadas pela internet.