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DF manteve maior PIB per capita do Brasil mesmo durante a pandemia

Mesmo com a retração de 3,3% no Produto Interno Bruto (PIB) de 2020, por causa da pandemia de covid-19, **o Distrito Federal (DF) se manteve como a Unidade da Federação de maior PIB per capita no País, com R$ 87.016,16**. O valor é cerca de 2,4 vezes maior do que a média nacional, de R$ 35.935,74.

Os dados são das **Contas Regionais de 2020**, divulgados nesta quarta-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, **apenas os Estados das regiões Sudeste e Centro-Oeste aparecem entre os dez maiores PIBs per capita do País em 2020**. São Paulo aparece na segunda posição (R$ 51.364,73). Com o desempenho superior ao da média nacional, vendo seu PIB ficar estável em 2020 ante 2019, **Mato Grosso aparece como o terceiro maior PIB** per capita do País, com R$ 50.663,19.

**Os menores PIBs per capita de 2020 são de Estados do Nordeste**. O menor foi o do Maranhão, com PIB per capita de R$ 15.027,69.

**Retração**

Em 2020, primeiro ano da pandemia de covid-19, o PIB do Brasil atingiu R$ 7,6 trilhões, recuo de 3,3%. **Houve quedas no PIB em 24 das 27 unidades da Federação**, estabilidade no estado de Mato Grosso e variações positivas em Mato Grosso do Sul (0,2%) e Roraima (0,1%).

**O Rio Grande do Sul teve a maior queda em volume (-7,2%)**, seguido pelo Ceará (-5,7%), Rio Grande do Norte (-5%), Espírito Santo (-4,4%), Rondônia (-4,4%) e Bahia (-4,4%). Os demais recuos foram em Alagoas (-4,2%), Acre (-4,2%), Pernambuco (-4.1%%), Paraíba (-4,0%), Piauí (-3,5%) e São Paulo (-3,5%).

Segundo o IBGE, no Rio Grande do Sul, o resultado foi provocado pela agricultura, que sofreu **impacto da estiagem em 2020**, e pelas indústrias de transformação, devido ao segmento de preparação de couros.

No **Sudeste**, o volume do PIB foi igual ao nacional (-3,3%), com retração mais acentuada no Espírito Santo (-4,4%), seguido por São Paulo (-3,5%), Minas Gerais (-3%) e Rio de Janeiro (-2,9%).

A **Região Sul teve a maior queda em volume do PIB** (-4,2%), entre 2019 e 2020, devido principalmente ao desempenho do Rio Grande do Sul (-7,2%). **Já o Centro-Oeste foi a região de menor queda** em volume (-1,3%), influenciado por Mato Grosso do Sul (0,2%), e Mato Grosso, que se manteve estável.

![Desempenho da agricultura segurou a economia dos Estados do Centro-Oeste (Wenderson Araujo/CNA/Trilux)](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/Wenderson_Araujo_Trilux_soja_d7c8921706.jpg)

Segundo a pesquisa, **oito unidades da Federação trocaram de posição no ranking de participação no PIB entre 2019 e 2020**. Ao longo da série histórica, iniciada em 2002, apenas em 2014 e 2016 o número de movimentação de posições foi maior. “_O Paraná avançou da quinta para a quarta posição, devido ao seu ganho relativo na agropecuária nacional, enquanto no Rio Grande do Sul a perda de posição refletiu sua redução em volume e em participação na mesma atividade_”, diz o IBGE.

O **Pará**, devido ao ganho relativo atrelado às indústrias extrativas, avançou da 11ª para a 10ª posição, ocupando em 2020 a colocação que até o ano anterior era de Pernambuco.

**Mato Grosso**, que também se destacou em 2020 pelo desempenho da agropecuária, avançou para a 12ª posição, ultrapassando o Ceará, que caiu para a 13ª posição. **Mato Grosso do Sul** subiu uma posição, para a 15ª, enquanto o **Amazonas** caiu para a 16ª, pois o primeiro elevou sua participação no PIB de 1,4% para 1,6%, enquanto o segundo manteve-se com 1,5% entre 2019 e 2020.

>“Houve muita troca de posição, muito mais que nos anos recentes. Isso é reflexo do primeiro ano da pandemia e da forma como ela ocorreu, diferentemente entre as unidades da Federação. A agropecuária cresceu 4,2%, mas representa cerca de 5% do PIB nacional, enquanto nos estados do Centro-Oeste chega a 20% do valor adicionado, o que compensou parcialmente a queda nos serviços. O Rio Grande do Sul foi um dos poucos estados onde a agropecuária não colaborou, devido a problemas climáticos”, disse a **gerente de Contas Regionais do IBGE, Alessandra Poça**.

De acordo com a gerente, em 2020, **a agropecuária teve supersafras** (à exceção do Rio Grande do Sul) e aumento do preço das commodities como soja, milho, café e grãos de uma maneira geral na agricultura, como também aumento nos preços dos produtos da pecuária, contribuindo para o resultado dos estados que têm produção agropecuária relevante em suas economias.

![Queda no preço do petróleo e do gás durante a pandemia prejudicou o Rio de Janeiro: queda na participação nacional (Tomaz Silva/Agência Brasil)](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/Tomaz_Silva_Agencia_Brasil_petroleo_73e4e5be24.jpg)

No Sudeste, única região a perder participação no PIB no período, Rio de Janeiro e São Paulo apresentaram redução de 0,7 ponto percentual e 0,6 ponto percentual, respectivamente. No Estado do Rio, o recuo foi motivado pelas indústrias extrativas, com a **queda de preço de petróleo e gás**, enquanto em São Paulo, devido às perdas nas atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados e em alojamento e alimentação.

Entre os demais Estados da região, **Minas Gerais teve ganho de 0,2 ponto percentual devido ao cultivo de café**, e o Espírito Santo perdeu 0,1 ponto percentual, também afetado pelas indústrias extrativas.

“_No Sudeste, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo perderam participação. O Espírito Santo perdeu porque o petróleo teve queda de preços e sua produção de minério ainda não se recuperou após o acidente de Brumadinho (MG), cuja produção era pelotizada e escoada pelo Espírito Santo. O desempenho positivo do café não compensou as perdas em outros setores da economia capixaba_”, afirmou Alessandra.

** _Com Agência Estado e Agência Brasil_

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