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DF enfrenta aumento de violência contra a mulher, diz senadora

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelam crescimento em todos os tipos de crimes
A presidente da CMA, senadora Leila Barros (PDT-DF), em pronunciamento
Senadora Leila Barros (PDT-DF), em pronunciamento. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

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O Distrito Federal registrou um crescimento “alarmante” nos índices de violência contra a mulher em 2023, de acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. A informação foi divulgada pela senadora Leila Barros (PDT-DF).

Além dos casos de feminicídios, que aumentaram de 22 em 2022 para 33, também houve um aumento expressivo nos casos de perseguição, violência psicológica, violência doméstica e crimes sexuais.

Um dos dados que mais chama atenção é o crescimento de casos de perseguição, também conhecido como stalking. Foram 2.283 casos registrados em 2023, um aumento de 18,6% em relação ao ano anterior.

Esse tipo de crime causa medo e limita a liberdade das vítimas, levando muitas delas a modificar suas rotinas e até mesmo mudar de cidade para escapar do agressor.

A senadora Leila Barros, líder da Bancada Feminina no Senado e autora da Lei do Stalking, destacou a importância da conscientização e da implementação de políticas públicas para proteger as mulheres.

“Esses números mostram que a Lei do Stalking é fundamental, mas precisamos de ações concretas para garantir a segurança das vítimas. Os índices de violência contra as brasilienses estão crescendo de forma assustadora”, disse.

Além da perseguição, a violência psicológica também teve um aumento significativo, com 1.304 boletins de ocorrência registrados no DF em 2023, representando um crescimento de 39,3%. Os crimes sexuais, como estupro, também tiveram um aumento de 13,5%, vitimando pelo menos 294 mulheres.

Os casos de violência doméstica não ficaram de fora do aumento dos índices. Foram abertos 3.525 boletins de lesão corporal contra mulheres, um aumento de 4,8% em comparação com o ano anterior.

Ainda segundo a congressista, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) concedeu 19.001 medidas protetivas de urgência em 2023, um aumento de 58,5% em relação a 2022.

 

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