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DF divulga primeiro Anuário de Segurança Pública com menor número de homicídios da história

Incidência de casos em 2024 é inferior à média nacional e próxima de países desenvolvidos

O Distrito Federal registrou, em 2024, a menor taxa de homicídios desde o início da série histórica, em 1977. A informação consta no primeiro Anuário de Segurança Pública do Governo do DF (GDF), divulgado nesta terça-feira (18). O estudo consolidou dados, análises e diagnósticos sobre a criminalidade em todas as regiões administrativas da capital federal.

Segundo levantamento, o DF registrou uma média de 6,8 homicídios a cada 100 mil habitantes. O indicador é inferior ao índice nacional (21,2 homicídios por 100 mil habitantes), e próximo ao de países desenvolvidos como os Estados Unidos, cuja taxa é de 5,9.

Para o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, a queda nos homicídios é resultado de uma estratégia baseada na identificação de manchas criminais e no reforço do policiamento ostensivo nas áreas mais vulneráveis.

“O principal achado deste anuário é mostrar que nossa política é baseada em evidências. Ou seja, dados transparentes, levantados em cada uma das regiões administrativas, com uso de tecnologia, informações e pesquisas. Isso nos permite direcionar nosso trabalho de maneira a identificar as principais áreas onde os crimes estão ocorrendo, para que possamos combatê-los”, afirmou o titular a pasta.

De acordo o secretário, a ideia é que, a partir do documento, os planejamentos operacionais das forças de segurança sejam cada vez mais orientados por evidências, cruzamento de dados e diagnósticos locais.

Segundo o anuário, houve uma redução de 112% dos casos no comparativo com 2023. A análise dos registros revela que 95% das vítimas eram do sexo masculino, com destaque para a faixa etária entre 30 e 39 anos (36%).

A maioria dos crimes ocorreu nos finais de semana (39%), especialmente durante a madrugada (26%), sendo que 17% das ocorrências aconteceram próximas a pontos de distribuição de drogas.

Quanto aos meios empregados, 45% dos homicídios foram cometidos com arma branca, 41% com arma de fogo e 10% envolveram agressão física. As principais motivações identificadas foram conflitos interpessoais (48%) e atividades criminosas (31%).

 

Crimes violentos

Apesar da redução nos homicídios, o levantamento revelou um aumento nos casos de lesões corporais seguidas de morte, sobretudo com o uso de armas brancas.

“Tivemos uma elevação nos casos de lesões corporais seguidas de morte, sobretudo com o uso de armas brancas. Esse dado nos permite identificar um novo perfil de crime, o que nos leva agora a focar esforços específicos para combater esse tipo de ocorrência”, explicou o secretário.

Os índices relativos a esse crime cresceram 23% em 2024, com 13 registros. Trata-se, conforme o estudo, do maior número dos últimos dez anos.

O anuário detalha o perfil das vítimas, sendo a grande maioria delas (92%) do sexo masculino, e os crimes ocorreram principalmente em áreas públicas (62%) e entre pessoas com idade entre 50 e 59 anos (54%). A agressão física foi o principal meio empregado, presente em 69% dos casos.

 

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