Dez cidades das regiões Norte e Centro-Oeste concentram 20,5% dos focos de queimadas registrados no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), essas localidades, distribuídas nos estados do Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia, somam 39.247 dos 190.943 pontos de incêndio registrados entre janeiro e setembro deste ano.
São Félix do Xingu, no Pará, lidera o ranking com 6.474 focos, seguida por Altamira, também no Pará, com 5.250. Outros municípios como Corumbá (MS), Novo Progresso (PA), Apuí (AM) e Lábrea (AM) também figuram entre os mais atingidos.
Beto Mesquita, do Grupo Estratégico da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, alerta para o fato de que nove dessas cidades estão na Amazônia, enquanto sete lideram o desmatamento em 2023, o que indica uma ligação direta entre desmatamento e incêndios.
“Por mais que tenha ocorrido muito incêndio no Cerrado, quando percebemos os focos de calor, notamos que eles continuam muito concentrados na Amazônia”, alerta.
Beto lembra, ainda, que sete das dez cidades com mais queimadas também estão na lista dos municípios que mais desmataram em 2023, de acordo com dados do sistema Prodes, do Inpe: Altamira, Corumbá, São Félix do Xingu, Porto Velho, Apuí, Lábrea e Colniza.
“Isso mostra que essas áreas estão sendo queimadas para a consolidação do desmatamento