Juliana Eichler Com temperaturas elevadas e movimentos intensos, o hot yoga tem se tornado a principal escolha de quem está em busca de uma atividade física completa, mesmo nos dias mais frios do ano. A prática é realizada em salas aquecidas a aproximadamente 40°C e, além de melhorar a flexibilidade e a força, também ajuda no alívio do estresse e na conexão entre corpo e mente.
Em Brasília, o hot yoga vem ganhando novos adeptos e locais onde é possível conhecer a modalidade, como o Vidya Studio, com unidades na 211 Norte e na 201 Sul, e o Studio Lofy, na QI 9 do Lago Sul.
A instrutora Ana Luiza Teófilo, do Vidya Studio, explica que, com o calor, o corpo consegue liberar muito suor, o que gera um momento de purificação e desintoxicação do organismo. Além disso, ela destaca que, por conta da temperatura mais alta, as articulações ficam mais soltas e leves, o que facilita a realização de certas posturas e movimentos.
“Por isso, o hot yoga é muito indicado para pessoas que têm lesão, problemas na lombar e dores nas articulações, pois o calor ajuda a relaxar o corpo mais do que o normal”, afirma.
Já para Maria Luisa Lepesqueur, ou Tuka, fundadora do Studio Lofy, a atividade vai muito além do que apenas movimentar o corpo. “O propósito da prática é presença. É te trazer para o aqui e agora”, acredita. “A sala quente, os movimentos, a respiração… tudo te obriga a sair do mental e entrar no corpo. É por isso que é mais do que uma prática convencional: é um desafio que te leva para um estado de muita clareza. Você sua tudo o que precisa liberar, inclusive o que nem é físico”, brinca.
Ainda, ela destaca que o calor é uma ferramenta que ajuda o corpo a se soltar mais rápido, aumentar a circulação, melhorar a mobilidade e acelerar o metabolismo. “Mas não é só isso. O calor te tira do automático e mexe com o emocional também, ele exige foco e presença”, detalha. “Você sai da sala com a sensação de ter deixado tudo lá dentro. É como se algo virasse uma chave. Dá aquela sensação boa de estar vivo, sabe?”, observa.
Ao contrário do que muitos pensam, a sala aquecida é muito diferente de uma sauna. No hot yoga, a temperatura varia de 38°C e 40°C, enquanto em uma sauna seca pode chegar a até 60°C. Além disso, a umidade do ar é controlada, entre 40% e 60%, para que a atividade continue prazerosa e proporcione todos os benefícios aos praticantes.
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Apesar de ser intenso, o hot yoga é bastante inclusivo. Tuka ressalta que não é preciso ter experiência com yoga e nem ser flexível para iniciar a prática, porém, é importante ter consciência do corpo, saber que a sala é aquecida, se hidratar bem durante as sessões e, acima de tudo, respeitar seus limites. “Pessoas com problemas cardíacos ou pressão desregulada, por exemplo, devem conversar com um médico antes, porque a prática é intensa, mas é muito respeitosa”, aponta.
Já Ana Luiza chama a atenção para a importância de seguir o próprio ritmo durante as aulas. “Aconselhamos os alunos a fazerem pausas para descansar sempre que sentirem a necessidade, e continuarem a prática respeitando os limites do próprio corpo”, afirma. “A prática do yoga é individual, e cada um faz à medida do que consegue. Quando respeitamos esses limites, torna-se uma atividade inclusiva para todos”, conclui.
