Candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB) declarou, nesta terça-feira (8), que só apoiará Ricardo Nunes (MDB) no segundo turno das eleições caso o atual prefeito, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) façam um pedido de perdão público.
Marçal, que obteve 28,14% dos votos válidos no primeiro turno, se manifestou após Nunes rejeitar a possibilidade de contar com o empresário em sua campanha.
Durante uma entrevista coletiva, Marçal afirmou que “só por um milagre” apoiaria Nunes, devido à recusa do prefeito. Segundo o candidato derrotado, a rejeição foi um ato de arrogância e falta de humildade.
“Não vou apoiar Ricardo Nunes e que fique registrado que não vai ter meu apoio pessoal pela arrogância deles. Tenho convicção de que eles não têm humildade para isso”, declarou Marçal, liberando seus eleitores.
Marçal também indicou que Boulos tem mais chances de vencer o segundo turno, destacando que o candidato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saberia se comunicar melhor com a população.
Além disso, relatou uma conversa entre Tarcísio de Freitas e um de seus aliados políticos, na qual o governador sugeriu uma união, mas Marçal recusou a proposta.
“Você [Tarcísio] precisa ser homem para retratar tudo que você falou. Você falou que eu deveria ser preso, você tem que me respeitar”, comentou o empresário.
No primeiro turno, Marçal havia considerado apoiar Nunes, caso o prefeito incorporasse algumas de suas propostas. No entanto, em evento na segunda-feira (7), Nunes afirmou que não iria procurar Marçal e, se fosse abordado, diria que espera que o ex-candidato tenha aprendido com seus erros.
Sobre o apoio de Jair Bolsonaro no segundo turno, Nunes acredita que o ex-presidente poderá se engajar mais ativamente na campanha, já que estava ocupado com compromissos em diversos municípios durante a primeira fase das eleições. Nunes afirmou que uma possível agenda conjunta seria “bem-vinda”.
Marina Helena, candidata do Novo no primeiro turno, também declarou apoio a Ricardo Nunes durante um evento de campanha.