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Deputado sobre morte de preso: “As mãos de alguém estão sujas de sangue”

Castro afirmou que era amigo de Clériston Cunha, que estava preso por envolvimento em 8/1
Deputado Pastor Daniel de Castro
Deputado Pastor Daniel de Castro | Foto: Reprodução/Instagram

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O deputado distrital Pastor Daniel de Castro (PL) afirmou, nesta segunda-feira (20), que “as mãos de alguém estão sujas de sangue”. A declaração ocorreu após uma visita ao sistema penitenciário do Distrito Federal para acompanhar a retirada do corpo de Clériston Pereira da Cunha,  de 46 anos, mortu durante um banho de sol na Papuda. Ele estava preso preventivamente no Centro de Detenção Provisória 2, acusado de participar dos atos de 8 de janeiro. 

Daniel de Castro disse, em vídeo, disse ser próximo da vítima e dos familiares do detento e, por isso, garantiu que ele não estava envolvido nas depredações registradas por bolsonaristas radicais contra a Praça dos Três Poderes. 

“Este preso é uma pessoa especial da minha família. O Clezão, a Jane, as duas filhas dele…Ele não estava na manifestação, ele estava trabalhando. Saiu de lá às 16h, chegou aqui às 16h e pouco. Todos os laudos apontavam para as suas comorbidades. Ele já estava com um parecer da PGR para a liberdade assistida do Clezão, por causa de suas comorbidades. Infelizmente, as mãos de alguém estão manchadas de sangue neste momento”, disse em vídeo. 

 

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Apuração

Mais cedo, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa (CLDF) solicitou que a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal investigue, em 30 dias, as causas e apure a responsabilidade da morte de Clériston Pereira da Cunha.

No ofício assinado, o deputado Fábio Felix (PSol), presidente da comissão, cita a reportagem do GPS|Brasília sobre o episódio ocorrido mais cedo. Informações preliminares indicam que o detento estava em banho de sol quando teria sofrido uma parada cardiorrespiratória. 

“Registro que este infelizmente não é um fato isolado. Apenas neste ano, esta Comissão recebeu centenas de demandas de atendimento à saúde no sistema prisional por parte de famílias de internos que tentaram atendimento no sistema e não conseguiram. Este caso revela a grave situação do sistema prisional do Distrito Federal e a urgente necessidade de adequação às exigências dos direitos humanos, com a disponibilização de equipe adequada para garantir o direito à saúde e à vida dos internos, que é responsabilidade do Estado”, afirmou o distrital.