A Câmara dos Deputados instalou nesta quarta-feira (19) o Conselho de Ética da Casa. O deputado federal Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA) foi escolhido para presidir o colegiado, com mandato de dois anos. Antes da votação, acordo garantiu que o nome do parlamentar fosse o único a concorrer ao comando do conselho.
Os parlamentares Albuquerque (Republicanos-RR) e Bruno Ganem (Podemos-SP) foram escolhidos primeiro-vice-presidente e segundo-vice-presidente, respectivamente.
Lomanto Júnior terá a missão de tocar os trabalhos do colegiado, composto por 21 integrantes, de forma a dar vazão às pressões por punições a parlamentares que tenham desvios de conduta ou quebra de decoro parlamentar comprovados.
A atual legislatura teve início em meio à polarização causada pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Com isso, o Conselho de Ética voltou ao foco, após diversos comportamentos criticados pelos congressistas. Quatro parlamentares são acusados de incentivar o quebra-quebra na Praça dos Três Poderes, em Brasília: Abílio Burnini (PL-MT), Clarissa Tércio (PP-PE), André Fernandes (PL-CE) e Sílvia Waiãpi (PL-AP).
Outras ocasiões que tiveram ofensas verbais, também relacionadas à polarização, além de início de brigas físicas chamaram atenção do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Segundo o G1, o líder da Casa está determinado a punir três deputados de cada lado.
Ao todo, 14 representações contra deputados aguardam deliberações do colegiado – o PL é o partido com mais parlamentares na berlinda, 10 ao todo. Os pedidos de abertura de processo disciplinar foram protocolados desde fevereiro deste ano.