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Deputado após ser acusado de homofobia: “Mensagem é de amor, não de ódio”

O deputado distrital Pastor Daniel de Castro (PP) está enfrentando uma representação no Ministério Público do Distrito Federal por possíveis atos de homofobia. 

 

A denúncia está relacionada a uma entrevista concedida ao jornalista Caio Barbieri, do Portal GPS, e divulgada no YouTube em 13 de junho. Durante a gravação, o distrital reforçou a posição de, como pastor, defender a “família tradicional brasileira” e que os relacionamentos homossexuais “são contrários” à natureza e à Palavra de Deus.

 

No entanto, o deputado defende que suas palavras foram mal interpretadas e que não houve intenção de incitar ódio ou discriminação. Segundo ele, a entrevista ao GPS está gravada e comprova que suas declarações foram feitas dentro dos limites da “liberdade de expressão”. Ele ressaltou ainda que não promove ou apoia qualquer tipo de violência contra pessoas LGBTQIA+.

 

Nós não estamos aqui, jamais, exercendo a homofobia, mas aqui está caracterizado uma coisa e eu peço respeito a esse segmento: que ele respeite as nossas opiniões. Eles precisam respeitar a maioria, como nós respeitamos vocês, porque é isso que vocês fazem, denunciando um deputado, tentando imputar um crime, você está querendo calar uma voz que não será calada. Não é o parlamento que me deu voz, quem me deu voz foi a autoridade do Espírito Santo, como pastor, para pregar a verdadeira palavra. Isso ninguém vai tirar de mim. Sou livre, o estado é laico, eu posso professar a minha religião, eu prego ela e os católicos pregam a dele“, disse. 

 

O pastor Daniel de Castro enfatizou seu amor por todas as pessoas, independentemente da orientação sexual, mencionando que esse sentimento é baseado na fé cristã e no mandamento de Jesus, de “amar o próximo como a si mesmo”. Ele argumentou que, como pastor, tem o direito garantido pela Constituição de expressar sua fé e que a definição do casamento como sendo entre homem e mulher está de acordo com “as escrituras sagradas”.

 

Daniel de Castro alega que a tentativa de criminalizá-lo tenta silenciar a sua voz, mas afirma que continuará exercendo seu papel, tanto como pastor quanto como parlamentar, baseando-se no texto constitucional que lhe garante a imunidade do mandato.

 

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