Redação GPS Uma das estreantes na Câmara Legislativa, a **deputada distrital Dayse Amarilio** (PSB) já inicia o mandato com uma missão: mobilizar a enfermagem nacional para **um grande ato**, no dia 14 de fevereiro, para reivindicar que o piso salarial da categoria saia do papel. Segundo ela, os profissionais aguardam pela regulamentação do trabalho há 55 anos.
Convidada para um bate-papo com o **GPS|Podcasting**, a parlamentar – que foi eleita após presidir o Sindicato dos Enfermeiros do DF – alertou que, caso o governo federal não garanta o novo valor, até o dia 10 de março, os técnicos e os enfermeiros **devem parar** em todo o país.
“A gente trabalhou muito seriamente e fez vários grupos de trabalho e, com a ajuda de alguns parlamentares, achamos o recurso que está suspenso por conta do ministro Barroso [do STF], numa decisão que agora ele quer saber como que o dinheiro sairá de tal lugar e vai parar naquele estado”, explicou.
Segundo Dayse Amarilio, a categoria agora constrói uma minuta de medida provisória para que o piso salarial entre em vigor imediatamente.
“_Nós fizemos uma medida provisória num grupo de trabalho e, com muita pressão política, a ministra [da Saúde] nos atendeu duas vezes. A gente falou: ‘não sairemos daqui sem essa minuta da medida provisória’. Nós construímos a minuta da medida provisória e nós deixamos muito claro numa mesa no Ministério da Saúde. Já estamos em assembleias nacionais e, infelizmente, se o piso não for regulamentado, já que agora só falta a boa vontade política de fazer e sancionar a MP, se até o dia 10 de março não estiverem no contracheque de trabalhadores técnicos e enfermeiros do Brasil, a enfermagem vai parar_”, continuou.
A deputada e sindicalista reconhece que o trabalho da enfermagem é essencial para o cuidado com a população.
“_A gente sempre tem dificuldade de parar porque a gente é muito responsável com as coisas que a gente faz. A gente sabe e a gente nunca fugiu foi do nosso dever. Na pandemia, a gente foi para a linha de frente, sem ter vacina e nós morremos. Foi o país que mais morremos no mundo. Mas nós somos seres humanos. Nós estamos cansados, nós sentimos dor, fome… Palma não adianta. Então, a sociedade precisa entender que a gente não quer parar, mas, se até o dia 10 de março não houver a MP, a enfermagem vai parar. E vai parar mesmo, porque o povo não aguenta mais_”, desabafou.
Durante a conversa, Dayse também falou sobre a estreia na política e a relação que pretende ter com parlamentares e com o Palácio do Buriti no momento de polarização latente no cenário nacional e local.
**Confira a entrevista completa aqui:**
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